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Manifestantes testam a polícia de Putin com um “passeio”

Cerca de 10 mil pessoas participaram num “passeio” pelo centro de Moscovo, este Domingo, para testar a tolerância do Estado, uma semana depois de os manifestantes terem sido agredidos e dispersos em protestos contra o regresso de Vladimir Putin à presidência.

Com poucos policiais nas ruas, os manifestantes reuniram-se diante da estátua do reverenciado poeta Alexander Pushkin e caminharam em direcção a um acampamento, um protesto de 24 horas, a dois quilómetros de distância. A polícia não tomou nenhuma providência.

“Estamos todos aqui porque queremos justiça no país, queremos uma transição honesta de poder, nós não queremos uma sucessão de trono”, disse Nina, 45, uma professora de língua estrangeira, que deu apenas o seu primeiro nome.

Presidente de 2000 a 2008 e primeiro-ministro até a sua posse para um mandato de seis anos no Kremlin, a 7 de Maio, Putin irritou os russos que querem a mudança e temem que a continuação do seu governo trará estagnação e repressão.

Cerca de 10 mil pessoas compareceram para o “passeio de teste”, algumas usando fitas brancas com a inscrição “Rússia sem Putin”.

O passeio ocorreu uma semana depois de a polícia reprimir uma manifestação na véspera da posse de Putin, a 7 maio, agredindo manifestantes na cabeça com cassetetes na pior onda de violência desde uma série de protestos iniciados em Dezembro.

A tropa de choque deteve mais de 400 pessoas no protesto do dia 6 de Maio e mais centenas no dia da posse, quando eles limparam as ruas próximas ao caminho do desfile de Putin de manifestantes pacíficos e transeuntes, prendendo até pessoas sentadas nos cafés nas calçadas.

Dois líderes da oposição detidos, semana passada, Alexei Navalny e Sergei Udaltsov, estão a cumprir penas de 15 dias de prisão.

Depois da repressão, Boris Akunin, um romancista popular que tornou-se um crítico do Kremlin, organizou o evento, Domingo, para testar se os moscovitas teriam permissão para caminhar tranquilamente na sua cidade.

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