Os sul-africanos mais pobres multiplicaram nos últimos dias os protestos, às vezes violentos, nos chamados townships (os bairros segregados durante o apartheid) para reclamar alojamentos decentes e um melhor acesso aos serviços públicos.
A polícia disparou balas de borracha contra os manifestantes que bloqueavam uma estrada no sul de Johannesburgo. Nos últimos dis, protestos na província de Mpumalanga (noroeste), fronteira com Moçambique, adotaram tons racistas quando os manifestantes queimaram e saquearam lojas de propriedade de estrangeiros.
Os distúrbios recordam a explosão da violência xenófoba surgida em maio de 2008 na África do Sul, primeira potência econômica do continente. Cerca de 60 estrangeiros foram assassinados então por sul-africanos que o acusavm de roubar seus empregos e de contribuir para a forte criminalidade.
A falta de água potável, de alojamentos decentes, de emprego e de eletiricdade centram as reivindicações das promessas não cumpridas pelo presidente Jacob Zuma, do Congresso Nacional Africano (CNA), ganhou com vantagem as eleições legislativas de 22 de abril.