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Mamparra of the week: mCel

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós

Os mamparras desta semana são os membros do colégio dos ‘cerébros’ da operadora de telefonia de bandeira, a mCel, que de há um tempo a esta parte, têm abusado dos seus clientes com serviços de mensagens propagandísticas, em claro favorecimento do partido que dirige os destinos dos moçambicanos desde a independência nacional.

Para o (nosso) espanto, parece que o partido Frelimo está a conduzir, sem o conhecimento da maioria, os destinos da mCel!? A mCel é uma empresa de capitais públicos e, sendo estes dinheiros apartidários, é suposto esta companhia abster-se, a qualquer título, de fazer política, coisa que os ‘cérebros’da operadora, numa desesperada tentativa de salvarem os ‘tachos’, estão a levar a cabo.

As SMS elaboradas por tão nobres “cérebros” estão a ser expedidas através do número 826040 e dão, de forma sistemática, notícias e apelos ao voto ao candidato presidencial da Frelimo, Jacinto Filipe Nyussi.

No extremo do conluio onde foi parida esta ‘ideia’, os dois milhões de clientes reclamados pela operadora de bandeira são necessária e obrigatoriamente apoiantes da Frelimo. É o cúmulo do abuso de respeito, da invasão da privacidade, que vai ganhando espaço, ao galgar perante o silêncio cúmplice dos utentes da mCel.

Na cogitação dos ‘cerébros’ da mCel, em defesa dos ‘tachos’, não foram contempladas SMS com notícias dos adversários directos daquele, respectivamente os candidatos da Renamo e do MDM, Afonso Dhlkama e Daviz Simango. Isto é batota. É a falta de escrupúlos no seu maior.

Este estranho e tendencioso brinde está a acontecer debaixo do mandato de Teodato Hunguana, o presidente de Conselho de Administração da mCel, que, num dia do século passado, alertou aos seus concidadões sobre a captura do Estado, por via da Assembleia da República.

As SMS enviadas pela operadora estão requintadas de politiquices e isso não pode acontecer. O objecto social daquela companhia de capitais públicos é prover serviços de qualidade aos seus clientes e não bombardeá-los com mensagens tendenciosas.

Creio que os ‘cérebros’ daquela companhia, ao abrigo da Lei de Amnistia, poderiam equilibrar o serviço de SMS, infomando aos seus clientes sobre os feitos ou actividades do canditado do partido no poder.

Já tinha ouvido falar da partidarização do Estado, mas de partidarização de uma operadora de capitais públicos é a primeira vez.

Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparrices.

Mamparras, mamparras, mamparras.

Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

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