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Mamparra of the week: Frelimo e Renamo

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Os mamparras desta semana são as delegações da Frelimo e da Renamo (há quem os chame de FRENAMO) que, em constante braço-de-ferro, não estão a conseguir alcançar consensos nas ditas negociações que desde Dezembro estão em curso.

 

No início das intransigências, que se convencionou chamar conversações, as duas delegações andaram todo o mês de Dezembro passado a refastelarem-se na estância turística do Indy Village, sendo que até hoje nunca foi dito aos moçambicanos quem pagava o aluguer da sala, os cáfes e os almoços que ali decorreram, numa grande mamparrada.

 

Chefia a delegação governamental José Pacheco, que recentemente foi citado num relatório de uma agência britânica de estar em conluio com “Irmãos Chineses” no saque desenfreado da madeira nacional.

Chefia a delegação do maior partido da oposição, Simon Mucuiane, que é igualmente deputado da Renamo na Assembleia da República.

Ambos têm os mandatos dos respectivos líderes, nos casos Armando Guebuza e Afonso Dhlkama.

Mas resultados que são resultados, desses tais encontros, nada: o pavio de uma eventual guerra civil já foi acesso, e o país vive num clima de medo e de terror, pois eles não estão a entender-se.

O que os tais encontros estão a produzir são declarações mamparras, pois não habita nessas tais conversações o clima de tolerância e cedência .

Que paz ambas as partes apregoam quando no terreno estão a agir de forma contrária?

Que paz apregoam e dizem amar, se desde Abril vivem as partes num conflito que já tem como saldo dezenas de feridos e mortos, entre civis e militares?

Que tipo de paz é esta?

O país não pode continuar réfem de encontros que nada produzem, ou melhor, falam de paz mais exibem muscultura, exibem armas, disparam e matam.

Os moçambicanos ficaram vinte e um anos sem sentirem o cheiro de polvóra, viajando e atravessando o país em clima de paz, mas desde Muxúnguè, primeiro, e Savane, depois, os ex-beligerantes querem devolver-nos a esse passado tenebroso.

Dhlkama disse em Gorongosa que quer a paz. Guebuza disse no dia maior dos moçambicanos – da independência – que tambem quer a paz. Se realmente os chefes das delegações querem a paz, que as partes que desde Dezembro andam de “conversações” e “negociações” sejam dissolvidas e que o Presidente Guebuza e o senhor Dhlkama, se encontrem e ponham termo a esta mamparrada.

Alguém tem de pôr um travão neste tipo de mamparices.

Mamparras, mamparras, mamparras.

Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

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