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Mamparra of the week: Armando Guebuza

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós

O mamparra desta semana é o senhor Armando Emilio Guebuza, que, por razões transcendentais à pátria amada, ainda não se dignou a exonerar o ministro da Defesa, Filipe Nyussi, e o governador de Cabo Delgado, Eliseu Machava, eleitos candidato presidencial e secretário-geral da Frelimo, respectivamente, apesar das prerrogativas constitucionais que lhe assistem.

O Comité Central da Frelimo esteve reunido até ao dia 2 do mês corrente e, desde então, com a nomeação daquelas duas personalidades, os cargos de que estavam revestidos parece terem ficado “órfãos”.

O ainda actual ministro da Defesa, com a sua indicação para candidato presidencial daquela formação política às eleições gerais de Outubro próximo, tem estado a ser publicamente promovido.

O também ainda actual governador de Cabo Delgado, com a sua o cargo de secretário-geral daquela formação política, aviou-se a Pemba, ao que se diz foi fazer trabalho junto às bases, e dias depois esta(va) em Maputo para assumir o cargo confiado pelos seus pares.

Não é segredo para ninguém que Armando Guebuza é Presidente da República e do partido Frelimo. As ferramentas para resolver este impasse estão nas suas mãos. Como Presidente da República, pode rapidamente encontrar substitutos à altura para ocuparem as vacaturas. Como presidente do partido idem.

A quem interessa este vazio governativo nesta altura do campeonato? Será que Guebuza pretende ter um governador que é simultaneamente secretário-geral e que passa a vida fora da jurisdição do cargo para que foi confiado?

Será que Guebuza pretende ter um ministro que é simultaneamente candidato presidencial e que passa largas horas do seu tempo a procurar saber em que “parte incerta” se encontra um seu eventual adversário nas urnas nas eleições já e por ele – Guebuza – marcadas para o último trimestre deste ano?

Em tempos recentes, junto às esferas dos que se sentam nas confortáveis poltronas do poder, ouvimos muitos deles a estrebucharem porque um certo edil se dedicava demasiadamente à vida do seu partido, do qual é presidente. Alegavam esses críticos e defensores da ética que o tal edil relegava o seu trabalho (na qualidade de edil) para segundo plano.

O Presidente da República devia exonerá-los e indicar outros para ocuparem aqueles lugares.

Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparices.

Mamparras, mamparras, mamparras.

Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

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