O Mamparra desta semana é o director da Agência de Informação de Moçambique, Gustavo Mavie, que mostrou e alto e bom tom, nos esgotos da sacanice, que o culambismo é condição sine qua non para ascensão social e manutenção de um lugar no grande mesa do poder neste país.
É que Gustavo Mavie que, vezes sem conta, é apontado como analista político revelou, sem grandes dificuldades, que de equidistância percebe muito pouco. Ou melhor: não compreende patavina nenhuma.
Gustavo Mavie, com este gesto, sobe ao pódio dos mamparras, por ir na contra-mão daquilo que pregam os manuais do bom jornalismo. A honra, a dignidade e a reputação de pessoas individuais e colectivas são um país desconhecido para o director da AIM. Antes de servir o interesse público, Mavie serve o poder.
O que terá motivado Gustavo Mavie a cometer tamanha mamparrada? Será que pretende um lugar num ministério qualquer?
“Dear Assessora Celina, Aqui está a notícia que fiz ontem (6 de Janeiro de 2013) e que com ela pretendia dissipar alguns equívocos e acima de tudo deixar muito claro que o Governo não está indiferente e que está a fazer tudo para resolver o problema. Esta é a versão inglesa que envio juntamente com a portuguesa. Sds e bom trabalho”.
“Caro Senhor Director Mavota, esta é a versão inglesa da minha notícia s/os médicos”, diz o prestativo director da AIM.
Os livros de estilo dizem que “o direito ao bom nome e a presunção da inocência até condenação em tribunal — ou, no caso de uma investigação própria do jornal, até prova absolutamente indiscutível — devem ser escrupulosamente garantidos nos órgãos de informação. Importa, por isso, ponderar sempre esse equilíbrio difícil entre informar e não manipular, difamar ou intoxicar”. Mavie até pode saber o que é isso, mas relegou essa regra de ouro para o sótão do esquecimento.
Contudo, desta vez foi desmascarado pelo bom senso e a sua inexorável campanha contra os que erguem o punho em oposição aos desmandos foi escancarado na praça para o consumo da opinião pública.
Este mamparra sabe muito bem que um trabalho “mal” elaborado, distorcido ou irresponsável sobre uma determinada actividade, empresa ou organismo pode ter efeitos desastrosos. E é isso que queria oferecer aos médicos. Uma greve desastrosa.
Não estamos, felizmente, num país zarolho!
Grande mamparra, mamparra, mamparra.