A malária continua a ser a principal causa de morte e internamento nas unidades sanitárias da província de Nampula. As autoridades de Saúde desta parcela do país disseram, na sexta-feira (24), que no primeiro trimestre do ano em curso, 173 pessoas perderam a vida devido à doença, das quais 127 menores de cinco anos e 46 adultos.
De acordo com Josselina Calavete, médica-chefe provincial em Nampula, que falava por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Malária, as unidades sanitárias internaram 3.949 pacientes, em 2013, dos quais 2.919 são crianças e 830 adultos. O cenário tende a agravar-se a cada dia que passa.
Entretanto, o Hospital Central de Nampula, uma unidade sanitária de referência na região norte do país, atende, em média diária, 800 doentes. Estima-se que são internadas cerca de 700 enfermos mas a capacidade é de 530 camas. Há relatos de doentes que dividem o mesmo leito.
O deficiente saneamento do meio com que as grandes cidades se debatem, concretamente Nampula, Nacala-Porto e Ilha de Moçambique contribui, sobremaneira, para a proliferação da malária, por isso, recomenda a observância de medidas de prevenção.
Josselina Calavete disse que decorre a sensibilização da população com vista a se prevenir da malária e estão a ser distribuídas redes mosquiteiras em todas unidades sanitárias daquela província, em particular para as mulheres grávidas.
A médica-chefe considerou que muitas pessoas perdem a vida devido a malária porque acorrem tardiamente às unidades sanitárias e, na pior das hipóteses, em estado grave.Refira-se que o número de doentes padecendo de malária tem vindo a aumentar numa altura em que as farmácias públicas registam falta de medicamentos, mas Josselina desdramatiza o problema alegando que já existem fármacos.
