A malária continua a ser principal causa de morte e de internamento nas unidades sanitárias da província de Nampula. Dados fornecidos pelas autoridades de Saúde, afectas ao Hospital Central de Nampula (HCN), indicam que no primeiro semestre deram entrada naquela unidade hospitalar 4.569 casos de malária que causaram 298 óbitos.
Negligência por parte de algumas famílias que resistem ao uso das redes mosquiteiras e o deficiente sistema de saneamento em determinadas zonas residenciais são apontadas como as principais causas de propagação daquela enfermidade.
Apesar de constituir um dos problemas de saúde púbica, a população continua a ignorar os métodos básicos de prevenção, facto que contribui para o aumento da taxa de mortalidade nas unidades sanitárias. De acordo com Elenia Macamo, directora clínica do HCN, no primeiro semestre deste ano deram entrada naquela unidade sanitária 4769 doentes, padecendo de malária.
Segundo a nossa entrevistada, a situação tende agravar-se nos últimos dias, com uma média diária de 30 doentes. Macamo considera que muitas pessoas perdem a vida, porque acorrem tardiamente às unidades sanitárias e nalguns casos, em estado grave.
Em 2013, foram registados um total de 5.703 casos de malária, que causaram a morte de 1.883 pessoas, entre crianças e adultos. Para contornar este triste cenário, as autoridades sanitárias estão a intensificar as acções de sensibilização às populações sobre os cuidados mais elementares de higiene pessoal e colectiva.
A distribuição de redes mosquiteiras às famílias economicamente desfavorecidas consta das acções do sector de Saúde, em Nampula.