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Malária e diarreia vitimaram 408 moçambicanos em três meses

Governo desresponsabiliza-se do fornecimento de água potável abrindo mais espaço para privados

O deficiente saneamento em muitas áreas residenciais e a inexistência de fontes de água com qualidade continuam a causar muitas vítimas entre os moçambicanos, só nos primeiros três meses deste ano 926.332 cidadãos apanharam malária e outros 131.001 tiveram diarreias. Destes doentes, segundo as autoridades de saúde, 333 com malária pereceram e 75 com diarreias também perderam a vida.

A chefe do Departamento de Epidemiologia no Ministério da Saúde (MISAU), Lorna Gurjal, considera que não se pode erradicar a malária sem um trabalho coordenado entre as instituições.

Para ela, o fim das doenças acima indicadas depende mormente da disponibilidade do precioso líquido e de um sistema de saneamento capaz de fazer face à falta de higiene individual e colectiva, que ainda constitui uma grande dificuldade para o sector de saúde.

Segundo Lorna Gurjal, a situação da malária e diarreia é mais crítica nas zonas rurais, onde apenas 45 porcento da população rural (7.3 milhões de pessoas) é que tem acesso a água potável de qualidade e somente 2.1 milhões de indivíduos beneficiam de um saneamento de meio adequado.

A chefe do Departamento de Epidemiologia no MISAU lembrou que é no período chuvoso em que se regista o aumento de casos da malária e diarreicas devido ao agravamento da deterioração das condições de saneamento e à fraca qualidade da água potável fornecida.

Num outro desenvolvimento, a fonte indicou que o mau uso das redes mosquiteiras impede igualmente a redução do número de novos casos da malária e mortes. De acordo com o responsável, em 2013 foram distribuídas quatro milhões de redes mosquiteiras e este ano serão distribuídas 6.400.000, dos quais 5.200.000 durante as campanhas de prevenção da doença e 1.200.000 nas consultas pré-natais.

Das 6.400.000 redes mosquiteiras, 258.619 serão para a população da província de Sofala, 528.972 para Niassa, 989.964 para Tete, 473.783 para Cabo Delgado, 481.473 para Nampula, 460.666 para Inhambane, 351.895 para Manica, 601.686 para Zambézia, a população da cidade e província de Maputo vai beneficiar de 496.491 e 604.047 redes mosquiteiras respectivamente.

Entretanto apesar do aumento de casos em 2014, comparando com igual período de 2013 onde foram registados 811.309 enfermos de malária e 185.626 de diarreia, o número de vítimas mortais diminuiu este ano em mais de 40 porcento.

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