Dois empresários, por sinal da mesma família, foram raptados esta segunda-feira no cemitério de Lhanguene, na cidade de Maputo, capital de Moçambique, por quatro indivíduos desconhecidos munidos com armas de fogo.
Segundo escreve o jornal Diário de Notícias, os empresários, tio e sobrinho, identificados como Abdul Cadir e Gulzar Sattar, sócios proprietários da empresa Vidreira de Moçambique e residentes na cidade da Beira foram raptados quando faziam uma visita a uma campa de um familiar durante o dia no cemitério localizado à saída da capital moçambicana.
O jornal Diário de Notícias relata, citando fontes não identificadas, que grupo de indivíduos em número de quatro, munidos dearmas de fogo interpelaram as vítimas e obrigaram-as a acompanha-los até a uma viatura estacionada nas proximidades do cemiténio de onde partiram sem deixar rastos.
Entretanto o Diário de Notícias, refere que familiares dos dois empresários ora sequestrados terão já sido abordados pelos criminosos para a negociação da soltura de ambos mediante o pagamento de um resgate em dinheiro.
Ainda de acordo com o jornal Diário de Notícias, nos meses recentes já aconteceram pelo menos quinze casos de raptos semelhantes sem que a Polícia da República de Moçambique (PRM) tenha encontrado alguma pista.
Comandante PRM lamenta falta de colaboração das vítimas
Entretanto, o Comandante Geral da PRM, Jorge Kalau, em declarações ao jornal Canal de Moçambique lamentou a falta de colaboração dos familiares das alegadas vítimas de raptos, que nos casos anteriores terão mesmo pago os resgates exigidos pelos criminosos.
Kalau pediu que se deixe a polícia fazer o seu trabalho que os casos serão esclarecidos. Ainda nas mesma declarações, ao jornal Canal de Moçambique, o Comandante Geral da PRM referiu que alguns dos raptos, cujas vítimas não os participam às autoridades policiais, podem não ser verdadeiros e que alguns dos empresários alegadamente raptados podem estar a usar este subterfúgio para traficar valores monetários para fora de Moçambique.
Jorge Kalau interroga-se das razões que levam empresários a guardarem nas suas casas elevadas quantias em dinheiro em vez de usarem as instituições bancárias que existem para o efeito.