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Mais um grupo de reclusos foge da Cadeia Central na Beira

Escapar da Cadeia Central da Beira, em Sofala, parece cada mais fácil e a infra-estrutura está a cair de podre aos poucos. Na madrugada de domingo (04), oito reclusos fugiram daquela prisão e é a segunda evasão de que se tem conhecimento publicamente, volvidos 14 meses. Um dos fugitivos foi recentemente condenado a 16 anos de prisão por envolvimento no roubo de 29 milhões de meticais no Millennium Bim, na Beira.

Dos oito reclusos foragidos, dois cumpriam penas de prisão maior e seis estavam em reclusão preventiva, segundo o director daquela cadeia, Yazalde de Sousa. Este esclareceu que, para se colocarem ao fresco, os prisioneiros cortaram as grades da cela onde se encontravam.

O recluso implicado no roubo de 29 milhões de meticais no Millennium Bim, ora em parte desconhecida, responde pelo nome de Moniz Bambo. O outro elemento, que também escapuliu, chama-se Isaías Nicolau, acusado de assassinato uma cidadã portuguesa, Inês Bota, em Dezembro de 2017.

Inês Botas, de 28 anos de idade, foi assaltada, violentada, amarradas os membros superiores e inferiores e, em seguida, atirada ao rio Púnguè, a 70 quilómetros da cidade da Beira, supostamente com vida, mas no dia seguinte foi achada sem vida.

Em conexão com este crime, as autoridades detiveram também dois indivíduos neste momento nos calabouços. Os mesmos foram identificados pelos nomes de Jonas Moiana e Danilo Lampeão.

Reagindo à fuga dos oito reclusos, a Procuradora-Chefe de Sofala, Carolina Azarias, disse a jornalistas que não lhe parece que os responsáveis da cadeia sejam incompetentes. A reclusão em causa “é um edifício antigo (…)”, sem condições de segurança e capacidade para albergar tantos prisioneiros lá existentes.

Refira-se que, em Agosto do ano passado, 17 reclusos fugiram da Cadeia Central da Beira. Na sequência, o Tribunal Judicial da Cidade da Beira, condenou um guarda prisional, Lucas Cobra, a oito anos de cadeia por ter introduzido uma arma do tipo pistola, a qual foi depois usada para facilitar a fuga de outros 15 presos.

Na circunstância, o tribunal condenou Manuel Chico – motorista que transportaria dois dos 17 fugitivos – pelo seu envolvimento no mesmo crime.

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