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Mais um cidadão albino raptado em Tete e é a quarta vítima em 20 dias

Um cidadão de 19 anos de idade, identificado pelo nome de Victorino Fabião, foi raptado por um indivíduo conhecido, mas foragido da Polícia, no domingo (17), na vila de Moatize, na província de Tete, onde outras duas pessoas com problemas de pigmentação na pele foram sequestradas há 20 dias. É a quarta vítima em 20 dias e a quinta desde Dezembro último e o plano do Governo de Filipe Nyusi para combater estes crimes resume-se a medidas de sensibilização.

As autoridades policiais em Tete contaram que Victorino Fabião foi atraído pelo suposto sequestrador, ora em parte incerta após abandonar a sua casa, através de uma chamada telefónica com o propósito de ir ao seu encontro para receber uma recarga.

Segundo a tia da vítima, em declarações ao Diário de Moçambique, na residência do cidadão acusado de rapto foi vista uma viatura de cor azul, com vidros fumados. O desaparecimento do jovem só foi comunicado à Polícia da República de Moçambique (PRM) na quarta-feira (20), porque a família pensava que ele estava com os amigos algures e regressaria à casa.

Em Janeiro corrente, três crianças albinas foram sequestradas nos distritos de Angónia, Changara e Moatize.

Em Dezembro passado, uma outra menor de cinco anos de idade, com problemas de pigmentação na pele, tinha sido tirada do convício familiar por pessoas desconhecidas no distrito de Marara, em Tete.

Entretanto o plano do Governo, de curto, médio e longo prazo o plano, para combater estes crimes não passa de medidas de sensibilização. “Fundamentalmente, esse plano envolve a necessidade de trabalhar em parceria com a comunidade, com a sociedade civil, com as autoridades comunitárias, sobretudo com as rádios comunitárias que estão nos distritos, para disseminar informação para educar a população, porque esse mal não é, não representa a maneira de ser dos Moçambicanos” disse o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Abdulrremane Lino de Almeid, à Rádio ONU, à margem do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que decorreu na Suíça.

De acordo com o governante cerca de meia centenas de indivíduos foram detidos por crimes relacionados com os cidadãos portadores de albinismo mas o facto é que não foi encontrado até hoje nenhum dos mandantes ou compradores finais de partes do corpo e órgãos de albinos, que são vendidos por vários milhões de meticais.

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