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Mais de dez ONG’s actuam clandestinamente na Zambézia

O Governador da província da Zambézia, Francisco Itae Meque, diz que vai interceder junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros para cancelar as actividades desenvolvidas por mais de dez organizações não governamentais que actuam clandestinamente naquela parcela do Centro de Moçambique.

O Governador indicou que as referidas ONG´s não prestam nenhuma informação ao Executivo, e que apenas entraram e começaram a trabalhar com as comunidades sem que nada de positivo se note no terreno, o que revela que as suas actividades não tem nenhum impacto positivo na melhoria das condições sociais das populações. Zambézia tem registados 30 ONG´s que operam nas áreas da agricultura, acção social, educação, água e saneamento, saúde, emergência e apoio institucional.

O Coordenador do Fórum das ONG’s da Zambézia, Marcos de Amaral, é citado pelo matutino “Noticias”  a revelar que foram identificadas mais de dez ONG´s nacionais e estrangeiras que trabalham clandestinamente nas comunidades, escamoteando a verdade e fazendo-se passar por confissões religiosas estrangeiras. “Essas organizações movimentam grandes volumes de dinheiro solicitado em nome das comunidades locais, mas o impacto desse investimento na melhoria das condições socioeconómicas é praticamente nulo”, disse Marcos de Amaral.

A fonte disse ter ficado várias vezes surpreendido ao encontrar ONG´s a trabalharem com as comunidades nos distritos sem que tenham registo no fórum. “As organizações não-governamentais estrangeiras são as que mais dinheiros movimentam mas quando se procura os resultados das suas actividades nas comunidades, não se vê quase nada”, afirmou De Amaral.

Segundo ele, muitas dessas ONG´s fazem-se passar por confissões religiosas quando, na verdade, são organizações nãogovernamentais estrangeiras com financiamentos directos por parte dos doadores. Primeiro fazem as pesquisas de actividades que pretendem levar a cabo, o grupo-alvo e as necessidades, mas depois de receberem os fundos não informam nem ao Governo, nem ao fórum, e vão ao distrito trabalhar com as comunidades sob capa de serem religiosos. “Há distritos com mais ONG´s a fazer o mesmo tipo de actividades, enquanto outros distritos não têm sequer uma única ONG”, disse Marcos de Amaral.

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