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Mais de 160 doentes de tuberculose morrem por abandono do tratamento em Nampula

Na província de Nampula, 163 pessoas que padeciam de tuberculose perderam a vida, entre Janeiro e Fevereiro do ano em curso, na sua maioria devido ao abandono do tratamento. Entretanto, 165 pacientes, dos 960 em medicação, registaram melhorias por terem seguido rigorosamente as recomendações médicas.

Segundo Joselina Calavete, médica chefe da Direcção Provincial de Saúde em Nampula, a cidade capital e os distritos de Eráti, Mogovolas, Angoche e Moma são registaram maior número de doentes submetidos ao tratamento. Na mesma parcela do país, mais gente morre anualmente por diagnóstico tardio da tuberculose, crenças à tradição, desinformação em relação ao tratamento da enfermidade, dentre outras causas.

Em 2013, as 214 unidades sanitárias existentes em Nampula registaram 6.570 casos de tuberculose, contra 5.770 em 2012, o que representa um aumento de 19.6 porcento, de acordo com Joselina Calavete, para quem a tuberculose pulmonar é a que mais mata devido ao facto de ser facilmente contagiosa por via da tosse.

“A transmissão da tuberculose pulmonar é directa, de pessoa para pessoa, e espalha-se facilmente num sítio onde há aglomeração de gente. Um indivíduo com tuberculose espalha a doença ao falar, respirar ou tossir”, explicou a responsável da Saúde, acrescentando que a má alimentação, a falta de higiene, o tabagismo e alcoolismo são alguns factores que fazem com a enfermidade resista ao tratamento.

A médica chefe da Direcção Provincial de Saúde em Nampula disse que a tuberculose tem cura para quem procura os cuidados médicos atempadamente e segue o tratamento. A primeira linha de tratamento desta doença dura seis meses e o acompanhamento é directo.

 

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