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Mais de 1200 pessoas afectadas no Centro e Norte de Moçambique

Mais de 1200 pessoas foram afectadas pelas chuvas intensas do final de Fevereiro e princípio de Março nas províncias do Norte de Moçambique, indica um relatório oficial esta terça-feira divulgado.

Segundo o documento, na província de Sofala registaram- se inundações em Nhamatanda, que afectaram 1050 pessoas, e em Búzi o mau tempo destruiu totalmente sete casas e deixou outras sete parcialmente danificadas, afectando 134 pessoas. Foi também reportada a morte de uma pessoa (atacada por crocodilos). Na província de Tete, o mau tempo provocou a destruição de 22 casas e duas salas de aula, além de deixar submersas várias áreas cultivadas.

Em Manica, também ficaram destruídas duas casas, e em Cabo Delgado o mau tempo destruiu 35 áreas de cultivo, afectando 105 pessoas. Desde o início da época das chuvas, segundo dados oficiais, já foram afectadas 13 141 pessoas, 10 porcento do total em risco de ser afectado. De 24 de Fevereiro a 2 de Março registaram-se chuvas intensas em países como a República Democrática do Congo, Zâmbia, Zimbabué e Malaui, o que contribui para o aumento dos caudais dos rios que nascem naqueles países.

Abrandamento da precipitação

No entanto, segundo o Instituto de Meteorologia, prevêse para esta semana (até domingo) o abrandamento gradual da precipitação em toda a região da África Austral, com chuvas moderadas nas províncias do Norte de Moçambique e no Malaui, Zâmbia e República Democrática do Congo. As recentes chuvas intensas na Zâmbia, que levaram ao corte de estradas e pessoas deslocadas das suas casas, obrigam a que desde esta terça-feira a barragem de Kariba, no rio Zambeze, tenha começado a fazer descargas, o que vai provocar o aumento do caudal do rio em território moçambicano.

“Consequentemente, o caudal previsto, a partir do dia 12 de Março, na fronteira em Zumbo (de Moçambique com Zâmbia), estará na ordem dos 12 000 metros cúbicos por segundo, contra os actuais 8500 metros cúbicos por segundo”, diz um documento oficial em alusão. Por este motivo, a barragem de Cahora Bassa já aumentou também a quota de descargas, pelo que, segundo as autoridades, “prevê-se o agravamento da situação hidrológica no baixo Zambeze (Zumbo, Tete, Chemba, Tambara, Mutarara, Caia, Mopeia, Morrumbala, Marromeu e Chinde)”.

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