Mais 25 autocarros saíram, quarta-feira, do Porto de Maputo, elevando para 77 o lote de unidades adquiridas nos últimos dois meses pela Federação Moçambicana das Associações de Transportadores Rodoviários (FEMATRO).
A frota, segundo o matutino “Notícias”, de autocarros, é fruto de uma parceria entre a FEMATRO e o Fundo de Desenvolvimento de Transportes (FTC) e visa reduzir a escassez de transporte nas cidades de Maputo e Matola, sul do país.
Trata-se de uma iniciativa que visa mitigar a crise de transporte público de passageiros que, nos últimos anos, abala sobremaneira as cidades de Maputo e Matola.
A entrada em funcionamento destes autocarros, com capacidade de 75 passageiros cada um, acontece duas semanas após a chega, pela mesma via, de 32 outros importados da Índia. Numa primeira importação, em Fevereiro último, chegaram a capital 20 unidades.
A falta de transporte tem levado a que muitas pessoas, sobretudo os residentes em bairros de expansão nas cidades de Maputo e Matola, tenham que recorrer a carrinhas de caixa aberta, enfrentando todos os riscos daí decorrentes.
Rogério Manuel, presidente da FEMATRO, disse que tudo está a ser feito no sentido de assegurar que os privados tenham mais autocarros, para reduzir a falta de transporte nas cidades de Maputo e Matola. O aumento da disponibilidade de autocarros leva a FEMATRO a pensar abrir novas rotas.
Aliás, foi inaugurada a linha de transporte que liga Museu e Matola Gare, um dos novos bairros residenciais do município da Matola, bastante afectada pela crise de transporte.
“Decidimos introduzir carreiras para Matola Gare para responder ao pedido dos cidadãos. Sabemos que a única estrada existente não está em boas condições, pois é de terra batida, mas sentimos também que é preciso satisfazer as necessidades das pessoas. Esperamos que as autoridades competentes melhorem o acesso. O mesmo acontece com o bairro Nkobe, onde a via está degradada”, disse Rogério Manuel.
Aliás, nos últimos anos, a alternativa dos habitantes daquela região tem sido as automotoras colocadas recentemente pela empresa Portos e Caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM).