De certo que os citadinos de Maputo estão a estranhar o facto de os antigos trabalhadores moçambicanos da extinta República Democrática da Alemanha, vulgo Madjermanes, não estarem a fazer as habituais marchas das quartas-feiras este ano, através das quais pretendiam pressionar o Governo a resolver, de forma definitiva, o seu problema.
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Mas o grupo diz que não há razões para alarmismos porque a “paragem” é estratégica e visa traçar novas formas de “lutar” pelos seus direitos.
Arnaldo Mendes, vice-presidente da Associação dos Antigos Trabalhadores Moçambicanos na Alemanha, disse ao @Verdade que se decidiu por interromper as marchas por um tempo e definir novas estratégias de pressionar o Governo.
“Estamos a envelhecer. Perdemos a nossa juventude e já passam 24 anos mas o nosso problema ainda não foi resolvido. A marcha servia para mostrar a nossa insatisfação. O Governo deve resolver o nosso problema de forma definitiva”, afirma.
Em todo o país, existem cerca de 11 mil madjermane, mas apenas 5400 é que estão filiados à ATMA, que está dividida em núcleos provinciais. Segundo Mendes, “para a Alemanha foram cerca de 16 mil moçambicanos, dos quais 3 mil decidiram ficar por lá. Os outros perderam a vida com o tempo e estão agora representados pelos seus filhos, esposas, etc”.
Na lista de reivindicações deste grupo estão os 60 porcento de salário que descontava para Moçambique, o valor referente à segurança social, abono de família, indemnização por rescisão de contrato, juros de mora, entre outras.