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Machanga minimiza conflitos de terra entre agricultores e criadores de gado

A população do distrito de Machanga, na província central de Sofala, agradeceu ao Presidente moçambicano, Armando Guebuza, o facto de se ter minimizado a disputa de áreas com grande potencial agrícola, mas que também eram concorridas pelo gado.

Com efeito, segundo residentes deste distrito localizado no extremo Sul de Sofala, já foram vedadas grandes extensões de áreas destinadas a pastagem, o que faz com que o gado não penetre nas áreas de cultivo de culturas agrícolas. Este é um dos pontos positivos mencionados pelas populações desta região durante o comício popular que o Presidente Guebuza orientou a meio da manha de hoje, na vila sede de Machanga, no segundo dia da sua “Presidência Aberta e Inclusiva” a província de Sofala.

Esta região, segundo soube a AIM, era palco de conflitos de terra entre os produtores de culturas alimentares e criadores de gado. “Obrigado Senhor Presidente Guebuza por ter ajudado a resolver este problema que vai, em grande medida, ajudar a aumentar os rendimentos da agricultura”, disse um dos moradores. Machanga é uma das principais regiões de criação de gado em Sofala, especialmente bovino, para alem de culturas tais como o milho, amendoim e a mandioca.

Por outro lado, a população desta zona encorajou o Chefe do Estado moçambicano para que continue a orientar os destinos da Nação, tomando sempre em atenção os problemas que afligem os mais pobres. O fundo dos sete milhões de Meticais instituído pelo Governo de Guebuza, neste mandato prestes a terminar, foi referenciado pela população de Machanga como estando a ajudar a população carente a encontrar formas de se envolver na luta contra a pobreza, não obstante ainda existirem queixas de alegada falta de critérios transparentes na sua alocação.

Sobre este caso, Guebuza explicou que ate nos dias que correm ainda existem vozes discordantes sobre a sua importância, havendo as que reconhecem a sua importância e outras que advogam que só esta a criar problemas. Segundo Guebuza, há também pessoas que afirmam que se o ‘vizinho’ foi contemplado então todos devem receber este mesmo fundo. “Há uma certa impaciência, entende-se. Mas a verdade é que este fundo é mais um instrumento encontrado pelo Governo para ajudar a desenvolver o país”, disse. Por outro lado, o estadista moçambicano vincou a necessidade de os Conselhos Consultivos serem mais transparentes na atribuição deste fundo que, segundo reiterou, “é uma semente que se for bem aplicada pode se multiplicar para beneficiar a mais gente”.

Guebuza disse que qualquer situação que ocorrer com este fundo, quer seja boa ou má, deve ser comunicada a população, para se evitarem especulações. Pelo facto de Machanga ser uma zona também produtora de pescado, sal, entre outros produtos, a população pediu a instalação de uma unidade de frio para a conservação do pescado, bem como de equipamento para aumentar a quantidade e qualidade da produção do sal. A população quer ainda que a energia produzida na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) chegue rapidamente a esta região.

A AIM soube que Machanga devera estar ligado a rede nacional já no próximo ano (2010). A prevalência de actos de cobranças ilícitas praticadas por alguns agentes da Policia de Transito (PT), dificultando o desenvolvimento da actividade de transporte de pessoas e bens, foi também um dos problemas levantados pelas populações. Para Guebuza, estas situações e tantas outras que contrariam o esforço de luta contra a pobreza são obstáculos que devem merecer atenção de todos para que sejam erradicadas.

Depois do comício popular, Guebuza orientou a Sessão Extraordinária do governo local. Quinta-feira, Guebuza desloca-se ao distrito de Buzi para Sexta-feira trabalhar em Marromeu, ultima etapa da sua visita de trabalho a Sofala. Sábado, o estadista moçambicano vai inaugurar a ponte sobre o rio Zambeze, baptizada com o seu nome.

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