A rebelião congolesa do M23 rejeitou, Segunda-feira (9), a ideia de integrar os seus combatentes no seio das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), pedindo ao Governo para garantir antes a protecção das populações civis ruandofonas na província do Kivu Norte (leste) e o repatriamento de todos os refugiados residentes nos países vizinhos.
“O M23 espera do Governo congolês que desarme sem demora todas as forças negativas que operam no leste da RDC, incluindo o movimento rebelde hutu rwandês das Forças Democráticas para a Libertação do Rwanda (FDLR)”, indica um comunicado do M23 a que a PANA teve acesso em Kigali, a capital do Rwanda.
Os rebeldes dizem aderir “totalmente” à ideia de desarmar os seus combatentes, mas sublinha que esta ação deve basear-se numa série de condições.
“O M23 não procura reintegrar os seus combatentes no seio do Exército congolês, mas sim depor as armas e retirar-se na sua fazenda para praticar a agricultura quando o Governo congolês satisfazer a reivindicação legítima do M23”, sublinha o comunicado.
Esta declaração do M23 surge depois do fim de uma digressão pela sub-região da enviada especial da ONU para os Grandes Lagos, Mary Robinson, que exortou os rebeldes do M23 a desarmar-se.