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Lufthansa interessada no biocombustível derivado da jatropha

A companhia aérea alemã Lufthansa, a terceira maior do mundo, poderá comprar biocombustível derivado da jatropha, em Manica, Centro de Moçambique.

De acordo com Joachim Buse, vice-presidente da Luftansa para a área de biocombustíveis em aviação, numa primeira fase, a companhia pretende adquirir 40 mil toneladas de óleo de jatropha, quantidade que poderá triplicar nos primeiros três anos da implementação do projecto, para o uso de biocombustível nos seus aviões.

“Numa primeira fase do projecto, estamos a trabalhar para adequar os motores dos aparelhos ao biocombustível. Em Agosto, começamos a importá-lo e achamos que vai ser uma mais-valia para a aviação civil”, disse.

Joachim Buse, que visitou as quintas da Sunbiofuel Moçambique, a empresa que irá fornecer o óleo à Lufthansa, afirmou que o uso de biocombustível poderá minimizar alguns problemas enfrentados pela aviação civil:

“Temos o maior interesse no uso de energias renováveis. Já estivemos no Brasil e Indonésia para contactos de aquisição de biocombustíveis, mas a qualidade apresentada em Moçambique supera a dos outros países”, explicou Joachim Buse.

O director de desenvolvimento de negócios da Sun- Biofuel Moçambique, Harry Stourton, garantiu que o biocombustível produzido pela sua empresa tem os requisitos exigidos pelo mercado internacional e que a produção vai responder às necessidades do mercado.

“Já levámos o óleo para testes e estamos a produzir (com unidade de processamento experimental) agora um óleo de primeira qualidade. Vamos implantar uma indústria de processamento com a capacidade de responder às quantidades solicitadas pela companhia e por outras empresas”, disse Harry Stourton.

A SunBiofuel cultiva a jatropha numa área de 2500 hectares e a sua produção actual está calculada em 1,5 mil toneladas de óleo por hectare, cifra que deverá atingir quatro mil toneladas até 2013. Actualmente, emprega 1300 trabalhadores nas suas quintas.

O cultivo da jatropha é um dos “cavalos de batalha” do actual Chefe de Estado de Moçambique, Armando Guebuza, esforço que, amiúde, é confrontado com teses segundo as quais esse empenhamento será um fracasso, alegadamente porque assim foi em quase todos os países que ensaiaram a iniciativa.

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