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Limite de dois mandatos presidenciais não é o ideal em África, segundo Joaquim Chissano

Limite de dois mandatos presidenciais não é o ideal em África

“Dois mandatos não é tempo suficiente para os líderes africanos… é muito curto (…) no meu caso eu iria completar o meu trabalho no terceiro mandato, embora tenha decidido não concorrer” afirmou o antigo Presidente de Moçambique Joaquim Chissano durante um fórum de advogados da África Austral que teve lugar na semana finda em Victoria Falls, no Zimbabwe.

Segundo o jornal New Zimbabwe, Chissano, Presidente de Moçambique entre 1986 e 2005, fez estas afirmações quando questionado pelos participantes do fórum relativamente a sua opinião em sobre os líderes que continuam no poder para além dos dois mandatos Presidenciais.

“Nós devemos aceitar os termos como estão. Quando deixei o cargo (de Presidente de Moçambique) eles mudaram a Constituição para dois mandatos mas eu não concordo com isso” afirmou Joaquim Chissano que tornou-se no segundo Presidente de Moçambique após a morte de Samora Machel e, após a criação do multi-partidarismo, venceu as duas primeiras eleições democráticas que aconteceram no nosso país.

Chissano, que poderia ter concorrido a um terceiro mandato em 2004 mas decidiu abandonar o Poder, esclareceu que “eu não digo que eles devem ficar mais do que o necessário mas deveria existir mais tempo para os Presidentes implementarem as suas ideias e políticas”.

O antigo Presidente moçambicano afirmou ainda ao fórum que prefere três mandatos para os Presidentes Africanos e explicou. “O primeiro mandato é para implementar alguns programas, enquanto que o segundo mandato serve para decidir as ideias e completar tudo durante o terceiro mandato.”

“No meu caso eu iria completar o meu trabalho no terceiro mandato, embora tenha decidido não concorrer” concluiu Joaquim Chissano que criticou os líderes africanos que ficam no Poder durante longos anos.

 

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