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Liga dos Campeões Africanos: Ferroviário da Beira, um dos oito melhores clubes de África, fez tremer o USM

Liga dos Campeões Africanos: Ferroviário da Beira

Foto do Clube Ferroviário de MaputoDoze jogos depois, com milhares de milhas voadas e alguns milhares de dólares embolsados terminou no passado sábado(23) a epopeia do Ferroviário da Beira na Liga dos Campeões Africanos em futebol com um empate sem golos diante do USM e a honra de ouvir os adeptos argelinos assobiarem a sua equipa. Os “locomotivas” não voltaram apenas a colocar Moçambique entre a elite do futebol africano 15 anos depois, tornaram-se numa das oito melhores de África.

Diante do seu público que quase lotou o estádio 5 de Julho em Argel, o USM entrou ao ataque, pressionando o Ferroviário e tentando chegar cedo a vantagem. Porém a equipa de Rogério Gonçalves mostrou-se consistente, sacudiu a pressão inicial e antes do intervalo equilibrou a contenda.

A precisar de marcar, para a anular a desvantagem do golo marcado na Beira pelos argelinos, os “locomotivas” que não haviam feito nenhum remate enquadrado com a baliza de Zammamouche durante o 1º tempo subiram no relvado e no minuto 52 Dayo, após livrar-se do seu marcador, rematou forte para defesa do guarda-redes do USM.

Os anfitriões tentavam controlar o jogo mas não conseguiam criar muito perigo, enquanto isso Amarachi voltou a atenção de Zammamouche.

No minuto 73 o capitão Maninho recebeu a bola na meia lua rodou e chutou, o guarda redes teve de aplicar-se e com a ponta dos dedos impediu o golo do Ferroviário. Na baliza moçambicana Wilard também mostrou a sua valia anulando todas as investidas do argelinos até ao apito final.

O USM apurou-se para as meias-finais, com vantagem graças ao golo marcado no empate no jogo da 1ª mão, mas teve de ouvir assobios dos adeptos que não gostaram do que viram no relvado, num claro reconhecimento do bom futebol praticado pelos “beirenses”.

Ferroviário da Beira primeira equipa entre as oito melhores de África

Quando em Fevereiro o Ferroviário da Beira fez a sua estreia com uma derrota na “champions”, ainda na pré-eliminatória, poucos terão imaginado quão longe iria a equipa então treinada por Aleixo Fumo.

Ainda na caminhada para a fase de grupos, onde há mais de 15 anos uma equipa moçambicana não chegava, os “beirenses” começaram os seus voos pelo continente enfrentando e eliminado o campeão da Libéria.

Depois veio a frustrante estreia na fase de grupo com uma pesada goleada na Tunísia, seguido pelo primeiro jogo como anfitrião mas que teve de ser jogado em Maputo, o “caldeirão do Chiveve” não estava pronto para receber os jogos da Liga dos Campeões.

Após as necessárias obras o Ferroviário da Beira confirmou o ditado que em casa mandam os anfitriões derrotou o El Merreikh na inauguração do seu renovado campo e depois impôs um empate ao campeão tunisino.

Entretanto o nosso campeão teve de voar para o Sudão, país que acabou por ter de visitar por duas ocasiões mas que acabou por ser o seu amuleto do apuramento aos quartos-de-final.

Devido as ingerências da política no futebol as duas equipas sudanesas foram desqualificadas e o Ferroviário tornou-se na primeira equipa moçambicana a estar entre as oito melhores do continente.

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