Agentes de inteligência da Venezuela levaram para a prisão neste sábado o ex-prefeito oposicionista Daniel Ceballos, afirmou a sua mulher através da sua conta na rede social Twitter.
Ceballos já estava em prisão domiciliar desde 2015, depois de ter sido preso a primeira vez em 2014, acusado de ter ajudado a fomentar manifestações violentas na cidade de San Cristóbal, onde era prefeito. Ele nega as acusações.
Líderes da oposição classificaram a sua prisão como um esforço do governo de Nicolás Maduro para anular dissidências e descrevem Ceballos como um prisioneiro político.
Maduro, no entanto, o chama de “um criminoso que tenta desestabilizar o país” e nega que a Venezuela tenha prisioneiros políticos.
Patrícia de Ceballos afirmou que agentes da Sebin, agência do serviço de inteligência, chegaram a sua residência em torno de 3h afirmando que iriam fazer um exame médico em seu marido, a quem foi concedido a prisão domiciliar por razões de saúde.
“Eles o colocaram em uma ambulância e lá mostraram um mandado de transferência para prisão”, disse ela em um vídeo postado no Twitter.
A Reuters não conseguiu ainda um comentário do escritório da vice-presidência, que supervisiona a Sebin.
A Venezuela enfrenta intensa pressão internacional para libertar líderes oposicionistas, incluindo Ceballos e Leopoldo Lopez, outro ex-prefeito que foi preso em 2014 em conexão com demonstrações contra o governo.
Maduro afirma que Ceballos e Lopez são “perigosos golpistas” que planejam derrubar seu governo, e os acusa por mais de 40 mortes ocorridas nos protestos de 2014.