Os líderes militares do Egito estão avaliando uma proposta apresentada por seus assessores que visa antecipar as eleições parlamentares em duas semanas, depois de pedidos de manifestantes e políticos para acelerar a transição para um governo civil, disse um membro do conselho consultivo neste domingo.
Muitos egípcios acreditam que o Exército não está mais apto a administrar a segurança e realizar as difíceis reformas necessárias em um momento de crise política e econômica no país. Na sexta-feira, milhares de pessoas protestaram no Cairo e em outras cidades pedindo que as forças militares renunciem ao poder e tranquilizem a revolta depois que 17 pessoas morreram nos recentes protestos, em que mulheres e homens foram agredidos mesmo depois de terem caído ao chão.
As votações para a câmara alta, conhecida como a Assembleia Shura, devem ser realizadas em três rodadas, começando em 29 de janeiro e terminado em 5 de março. A eleição segue uma votação prolongada para a câmara baixa que começou em novembro e deve terminar em meados de janeiro.
“O conselho militar concordou em estudar a opção de encurtar o tempo da eleição para a Shura em duas semanas, para terminar em 22 de fevereiro”, disse Sherif Zahran, membro do conselho consultivo para as questões de transição para um governo civil, à Reuters. Zahran disse que o judiciário concordou em diminuir o período de eleições para a Shura para duas etapas ao invés de três, e afirmou que um plano para reduzir o tempo de processamento de votações também estava sendo analisado.
Uma vez que o Parlamento estiver formado, o Egito irá elaborar uma Constituição e uma eleição presidencial, prevista para final de junho.