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Líder partidário somali pede apoio a Moçambique

O Presidente do Partido Democrático da Somália (DPS), Maslah Mohamed Siad Bare, pediu apoio a Moçambique para a solução pacífica dos problemas político – militar e humanitários que enfermam aquele país do corno de África.

Falando, Terça-feira, em Maputo, na audiência que lhe foi concedido pela Presidente do parlamento moçambicano, a Assembleia da Republica (AR), Verónica Macamo, Bare vincou que há cerca de duas décadas que aquele país enfrenta uma crise política, agora associada a seca e fome.

Aquele líder partidário, de visita ao país com o objectivo de estabelecer contactos com algumas entidades, apelou ainda a Presidente da AR para interceder junto da união Inter -parlamentar e outros organismos internacionais de que a AR faz parte para se buscar soluções duradoiras para a crise somali.

Em resposta, Verónica Macamo disse que Moçambique é um país que quer ver a Somália em paz, para que o seu povo tenha espaço para lutar contra a pobreza.

“Tudo faremos para ajudar a Somália a sair dos problemas que enfrenta”, declarou a Presidente do parlamento moçambicano. Entretanto, a mensagem endereçada a Macamo no encontro de hoje, pelo líder em questão, indica que a Somália chegou num momento decisivo da sua história, que é a necessidade de uma mudança absoluta.

“Chegamos a um momento decisivo na história da nossa nação. A mudança já não é mais uma opção mas sim uma absoluta necessidade, a não ser que tenhamos o desejo de por em risco a nossa própria existência”, lê se numa das passagens da mensagem cuja copia a AIM teve acesso.

A mensagem refere ainda que o PDS prevê uma nação livre, justa e próspera, edificada das cinzas da anarquia e que se desenvolva da coragem e sacrifício dos somalis.

A Somália vive, actualmente, uma crise política – militar e humanitária preocupante, caracteriza pelas dificuldades do Governo Federal de Transição (GFT) em impor –se como autoridade de facto e conseguir um dialogo com os rebeldes para por fim a instabilidade política que o país atravessa nos últimos 20 anos.

Agravam a crise somali, o terrorismo, recrutamento e uso de crianças-soldado, a pirataria caracterizada por assaltos ao largo da Costa do Indico e não só e tomada de reféns.

Na Somália existe um parlamento transitório que em Janeiro de 2009 elegeu ao Sheikh Sharif Sheikh Ahmad Presidente do GFT, líder que goza de simpatia e considerado o homem com capacidade para trazer paz e estabilidade naquele pais, através do envolvimento directo dos líderes das facções que estão fora do processo da paz.

O mandato estava previsto até o presente mês de Agosto de 2011, mas que foi estendido por mais um ano com o apoio da comunidade internacional.

No entanto, o Conselho de Segurança da ONU exigiu já a realização de eleições o mais tardar possível até ao final do presente mês, com vista a eleição de um presidente que possa imprimir uma nova dinâmica a Governação, melhorando a gestão dos escassos recursos que o pais dispõe.

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