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Líder do Estado Islâmico aceita lealdade do grupo Boko Haram

O líder do grupo militante Estado Islâmico, que controla partes da Síria e do Iraque, aceitou a promessa de fidelidade do grupo islâmico nigeriano Boko Haram, disse o seu porta-voz em mensagem de áudio transmitida, esta quinta-feira (12).

“O nosso califa, que Deus o abençoe, aceitou o compromisso de lealdade de nossos irmãos do Boko Haram, então saudamos os muçulmanos e nossos irmãos da Jihad na África Ocidental”, disse Abu Mohammad al-Adnani, referindo-se ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

O Estado Islâmico, um ramo ultrarradical da Al Qaeda, declarou um califado no território capturado no Iraque e na Síria e ganhou notoriedade mundial por matar ou sequestrar membros de minorias religiosas e postar vídeos assassinando reféns árabes e ocidentais.

O Boko Haram, que já matou milhares de pessoas e sequestrou centenas durante uma campanha de seis anos para fundar um Estado no norte da Nigéria, prometeu a sua lealdade ao grupo de Baghdadi na semana passada, com destaque para uma maior coordenação entre os movimentos jihadistas de todo o norte da África e do Oriente Médio.

Na mensagem de áudio, Adnani pediu aos muçulmanos que não puderem se juntar ao Estado Islâmico na Síria e no Iraque que combatam, então, na África. Ele também fez uma ameaça aos judeus e cristãos.

“Se você quiser salvar o seu sangue e dinheiro e viver em segurança… você tem duas escolhas: ou se converter ou pagar jezyah”, disse ele, referindo-se ao imposto para os não muçulmanos sob domínio islâmico.

“(Caso contrário) em breve você vai morder os dedos com remorso.” Adnani também minimizou relatos de reveses sofridos pelo grupo, alvo de ataques de forças iraquianas e curdas, bem como de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos.

Na Síria, os combatentes curdos YPG cortaram uma importante rota de abastecimento no território controlado pelo Estado Islâmico no Iraque. “O Estado continua firme… e está a torna-se mais forte e continua a ser vitorioso”, disse Adnani, descrevendo ganhos reivindicados por seus inimigos como “falsos”.

“É uma mera retomada de algumas aldeias numa guerra que se trata de ataque e recuo”, disse ele, na primeira reacção oficial do grupo aos acontecimentos recentes.

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