O líder de oposição venezuelano Leopoldo López foi condenado na quinta-feira a quase 14 anos de prisão sob acusação de ter incitado os protestos de 2014 contra o governo que resultaram em violência e deixaram mais de 40 mortos.
O veredicto provocou indignação entre os adversários do presidente Nicolás Maduro, que dizem que López é um bode expiatório inocente, mas foi recebido com festa por apoiantes do governo, que consideram o activista educado nos Estados Unidos um conspirador perigoso.
Após uma longa sessão no Palácio de Justiça, que recebeu reforço no esquema de segurança, a juíza Susana Barreiros afirmou que López, de 44 anos e que foi preso em Fevereiro do ano passado, orquestrou a violência e os protestos nas ruas que duraram por três meses.
Apesar de López ter pedido publicamente por uma resistência pacífica ao governo de Maduro e de estar preso durante a maioria dos protestos, promotores disseram que os seus discursos enviaram mensagens subliminares para provocar a violência. Ele foi condenado a voltar para a prisão militar de Ramo Verde para cumprir pena de 13 anos e nove meses.