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Hungria vai prender refugiados “rebeldes”, diz primeiro-ministro

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, alertou nesta sexta-feira que a polícia vai tomar medidas mais duras a partir da próxima semana contra imigrantes que, segundo ele, se rebelam contra as autoridades, se apropriam das estações ferroviárias e se recusam a ser registados.

A Hungria, um país fundamental no trânsito de imigrantes e refugiados que tentam chegar a países mais ricos e generosos da União Europeia, como a Alemanha e a Suécia, está a correr para concluir uma cerca ao longo da fronteira com a Sérvia até o início de Outubro, para conter o fluxo. Mais de 170 mil imigrantes e refugiados atravessaram a fronteira da Sérvia para a Hungria até agora este ano.

A maioria tenta evitar ser registada na Hungria, por medo de ser presa ou devolvida para lá mais tarde, incentivados por um acordo temporário da Alemanha e Áustria para aceitar refugiados.

“Considerando que estamos diante de uma rebelião de imigrantes ilegais, a polícia tem feito o seu trabalho de uma forma notável, sem usar a força”, disse Orban a jornalistas após uma reunião com Manfred Weber, líder da bancada do conservador Partido Popular Europeu no Parlamento Europeu.

“Eles tomaram estações ferroviárias, recusaram-se a fornecer impressões digitais, não colaboraram, e não estão dispostos a ir a lugares onde iriam receber alimentos, água, alojamento e cuidados médicos … Eles se rebelaram contra a ordem jurídica húngara.”

Orban disse que, a partir de 15 de Setembro, quando leis mais duras sobre imigração entrarão em vigor, os refugiados que atravessarem as fronteiras da Hungria ilegalmente serão presos.

“A partir do dia 15, as autoridades húngaras não poderão ser complacentes com a passagem ilegal na fronteira”, disse Orban. Ele também instou a UE a ajudar a Grécia, o primeiro ponto de desembarque dos refugiados na UE – muitos deles fugindo de conflitos na Síria, Iraque ou Afeganistão –, passando depois pela Macedónia e Sérvia rumo à Hungria.

Prisioneiros e soldados húngaros estão trabalhando para completar o muro maciço, que se destina a separar a Hungria da Sérvia.

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