Três meses depois do incêndio que consumiu parcialmente o Mercado Central de Lichinga, as obras de reconstrução avançam a ritmo lento. No terreno, várias organizações locais e pessoas singulares vão dando o seu apoio para a reconstrução desta infra-estrutura municipal.
No âmbito da sua responsabilidade social, a Fundação Malonda procedeu a entrega de varões de ferro para flexibilizar a reconstrução do mercado, tal é avaliado em 150 mil Meticais.
O Presidente do Conselho de Administração desta fundação, Augusto Kuntuela, afirmou, na ocasião, que o acto se enquadra nos esforços de ver a infra-estrutura operacional. Indicou que, sendo a Fundação Malonda uma organização baseada na cidade de Lichinga e com acções na província do Niassa, não podia ficar indiferente no apoio ao Município da cidade.
Reconheceu que os danos verificados no fatídico incêndio foram maiores, mas que a união e apoio de todos é possível reconstruir o mercado.
Apoios continuam a chegar
O edil da cidade de Lichinga, Augusto Assique, falando à margem da entrega do material, disse que o gesto da Fundação Malonda vai ajudar na aceleração das obras.
Indicou que apesar de a promessa inicial, de reconstruir o mercado em trinta dias, ter ficado para trás, até Julho próximo as mesmas serão entregues e reabertos para o público.
“Posso afirmar que 25 porcento do orçamento desta obra está assegurado com este apoio da Fundação Malonda, com este gesto temos uma diminuição na estrutura de custos iniciais. Inicialmente eu havia dito 30 dias, mas agora posso garantir que até Julho próximo teremos obras acabadas. Quero agradecer a todos que deram o seu apoio nos esforços de reconstrução,” afirmou Assique.
No incêndio de Abril último, 150 bancas construídas de pinho e chapas de zinco foram devoradas pelo fogo, somando prejuízos incalculáveis para a edilidade e vendedores. Actualmente, o CMCL perde 67.500 mil por mês como resultado da destruição das bancas pelo fogo acidental.
“É urgente reconstruirmos o mercado, como todos sabem este é o maior mercado da cidade de Lichinga, estamos a perder dinheiro pela destruição das bancas. São 67.500 Meticais que não cobramos nas 150 bancas destruídas;” sublinhou Assique.
Por outro lado, Augusto Assique deu a conhecer que a lista das contribuições continua a crescer diariamente. “Temos um grupo de pessoas locais e fora que estão a apoiar. Um grupo de apoio encabeçado pela senhora Joana Maurício, esposa do Primeiro Ministro que está a fazer lobby junto de empresas. Temos garantidos um milhão e quinhentos mil Meticais doados pelos Caminhos de Ferro de Moçambique, a empresa Chikweti Forests deu-nos barrotes para a cobertura. São apoios que vão ajudar na reconstrução do mercado,” explicou.
As novas bancas As novas estão a terminar, são 160 bancas construídas conforme as regras o que vai permitir uma maior mobilidade dos clientes e vendedores. Informações do CMCL indicam que já não haverá o subaluguer das bancas como acontecia anteriormente. Os vendedores vão assinar contrato com a edilidade, ficando de fora os especuladores.