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Cuamba, um município fantasma

Cuamba

O município da cidade de Cuamba, segundo centro urbano da província do Niassa, está de pernas para o ar: Lixo, buracos nas estradas, capim por todo o lado, obras inacabadas são os problemas que fazem de Cuamba uma cidade fantasma.

A recolha de resíduos sólidos é fraca. Neste período seco são visíveis montões de lixo nas principais avenidas da autarquia. Os funcionários municipais pouco fazem para manter a autarquia limpa e apetecível para os visitantes.

Nas proximidades do Hospital Rural de Cuamba, junto ao Centro de Saúde de Cuamba, e a poucos metros do Governo do Distrito, há muito capim e buracos.

Embora nos últimos dias tenha sido iniciada a recolha de lixo, a qualidade do trabalho é questionável. Soubemos em Cuamba que os que recolhem o lixo são pessoas contratadas que recebem no final do dia cerca de 150 Meticais.

Um empresário local disponibilizou o seu camião para ajudar a edilidade a recolher o lixo na cidade. A empresa SAN também recolhe o lixo nas proximidades das suas instalações, tudo isso tentando devolver a beleza à urbe.

Em 2010 um concurso para aquisição de camiões e outro equipamento não teve bom desfecho. A empresa que ganhou o concurso sumiu do mapa com os 50 porcento do adiantamento. O lixo, este sim, está de pedra e cal na cidade de Cuamba, um dos centros da cólera na província do Niassa.

Buracos nas estradas

Andar nas estradas de Cuamba exige muita atenção. Não há melhoramento das poeirentas avenidas da autarquia. Embora o parque automóvel seja reduzido, as estradas de terra batida reclamam melhorias para os peões e automobilistas.

Junto ao mercado central de Cuamba e nas proximidades da Cadeia Civil local, foram colocados restos de material de construção para tapar os buracos. Em Cuamba existem avenidas pavimentadas com asfalto, mas há muito tempo que este asfalto foi substituído por saibro.

Em frente do Governo de Cuamba ainda se pode ver algumas sobras do asfalto. Os acessos aos bairros é mais complicado ainda, com as viaturas a passarem maus bocados para poderem chegar ao destino.

Água problema eterno

O abastecimento de água continua problemático. Com a chegada do FIPAG em 2009 esperava-se melhorias. No terreno até zonas onde a água saia nas torneiras deixou de sair faz muito tempo. Nas poucas torneiras que ainda pinga água, as filas de pessoas com bidões são enormes para ter acesso ao precioso líquido.

Em frente ao Comando Distrital da Polícia, a partir das quatro horas grupos de mulheres tomam os seus lugares para sair com um bidão de água de 20 litros. Enquanto a água não sai, o Polícia sentinela no Comando Distrital, encontra companhia.

A cidade de Cuamba está no grupo das que beneficiaram do projecto de reabilitação do sistema de abastecimento de água. Os poucos indícios visíveis da reabilitação são as pinturas dos tanques e colocação de alguns fontanários por parte do FIPAG. Água não jorra como devia ser nas torneiras de Cuamba.

A edilidade construiu um repuxo no centro do jardim em frente à Estação dos Caminhos de Ferro. Esta obra é tida como uma brincadeira de mau gosto do edil Arnaldo Maximiliano e sua equipa. Numa cidade com problemas de água ainda se brinca com água.

Obras inacabadas

Esqueletos de municipais não dão falta na cidade de Cuamba. A ampliação do mercado central é exemplo. As obras arrancaram a 27 de Novembro de 2010 e com prazo de término a 27 de Março de 2011. Até no passado dia 08 de Junho ainda não haviam terminado.

Sinais de progressão também não existem. Há indicações que apontam para problemas por parte do empreiteiro da obra. Enquanto o empreiteiro não retoma os trabalhos com os prazos vencidos, os vendedores vão exercendo as suas actividades em péssimas condições.

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