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Líbia está aberta para reformas, mas Khaddafi fica, diz porta-voz

A Líbia está pronta para promover eleições e uma reforma em seu sistema político, mas apenas seu próprio povo pode decidir se o líder Muammar Khaddafi permanecerá no poder, afirmou um porta-voz do governo na segunda-feira.

“Poderíamos ter qualquer sistema político, qualquer mudança: Constituição, eleição, qualquer coisa, mas o líder tem de levar isso adiante. Essa é nossa crença”, disse Mussa Ibrahim, quando questionado sobre o conteúdo das negociações com o Ocidente. “Quem são vocês para decidir o que os líbios devem fazer? Por que eles (potências ocidentais) não dizem: precisamos que o povo líbio decida se o líder líbio deve ir ou ficar, se haverá um sistema político diferente ou não”, afirmou.

“Ninguém pode vir à Líbia e dizer: você tem que perder seu líder, ou seu sistema, ou seu regime. Quem são vocês para dizerem isso?” Ele disse que o exterior não pode impor nenhuma condição à Líbia, mesmo o país estando pronto para discutir propostas que visam uma maior democracia, transparência, liberdade de imprensa e leis anticorrupção.

“Não decidam nosso futuro desde o exterior, nos deem uma proposta de mudança aqui dentro”, disse. “O líder não tem uma posição oficial sobre renunciar agora… ele tem um significado simbólico para o povo líbio. Como a Líbia é governada é um assunto diferente. O tipo de sistema político implementado no país é uma coisa distinta. É uma questão sobre a qual podemos conversar.”

Ele acusou alguns líderes ocidentais de tentar derrubar Khaddafi por interesse pessoal ou ganhos econômicos. “Sabemos que há alguns políticos no poder no Ocidente que têm apenas problemas pessoais com o líder”, disse. “Outros têm interesses econômicos que, segundo eles, seriam melhor servidos se o governo entrasse em colapso.”

O porta-voz negou que as forças do governo estivessem envolvidas em quaisquer ataques contra civis, acrescentando que a Líbia lamentava a decisão da Itália de apoiar os rebeldes. “Não estamos atacando quaisquer civis. Eu garanto. Nós nunca, nessa crise, atacamos civis… Eu não vou ficar e falar de um governo que mata civis. O que vocês pensam que somos, monstros?”

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