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Libertos tripulantes da embarcação malawiana

Depois de terem sido detidos quando, a bordo de um barco pertença do governo malawiano, navegavam as águas do rio Chire, a 22 de Outubro passado, a Polícia da República de Moçambique (PRM) libertou, na noite da última sexta-feira, os três tripulantes, dos quais um sul-africano e dois marinheiros malawianos.

A ordem de soltura foi dada pela Procuradoria da República da Cidade de Maputo, local para onde os marinheiros foram transportados depois de o barco ter sido interceptado já na zona de Pinda já à entrada para a província de Tete.

Para sustentar a sua decisão, a Procuradoria da Cidade justificou não ter encontrado provas que sustentassem a acusação que sobre os 3 indivíduos pesava.

No total, os 3 tripulantes ficaram detidos durante 7 dias, aparentemente sem culpa formada. Na altura da intercepção do barco, recorde-se, além do sul africano Anton Botes e dos dois marinheiros malawianos, nomeadamente Jonas Kaunda e Mattheus Chingari, seguia, igualmente, o adido militar da embaixada malawiana em Maputo, James Kalipinde.

Este, por ter estatuto diplomático, ficou detido, por apenas algumas horas na capital provincial da Zambézia, Quelimane. Foi liberto no mesmo dia, portanto, 22 de Outubro passado.

Ao que o mediaFAX soube, o sul africano, depois de liberto seguiu viagem ontem, com destino a República da Tanzânia, onde está sedeada a empresa ETC Marine, firma a quem foi concessionada o transporte das 60 toneladas com destino ao Malawi, um país do hiterland que, a todo o custo, procura formas de ter acesso ao Índico. Por seu turno, os malawianos seguiram viagem para o seu país.

Zucula pela região

No sentido de fazer lobbing, dando esclarecimento e tentando convencer os vizinhos sobre a pertinência da concretização das exigências do executivo de Maputo (realização do estudo de viabilidade ambiental), o Presidente da República, Armando Guebuza, despachou o ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, para um périplo pela região austral.

Zucula vai tentar, na essência, amainar os ânimos e pedir compreensão aos vizinhos para a importância da realização do estudo de impacto ambiental.

Ao que soubemos, Zucula deverá visitar o Zimbabué, o Malawi, a Zâmbia, três países bastante interessados na concretização do projecto de navegação Chire e Zambeze, até ao recém inaugurado porto de Nsange. Zucula vai, também, passar pela República da Tanzânia.

Soberania em primeiro

Comentando o assunto na República da África do Sul, durante a realização da XIV cimeira económica, Moçambique – África do Sul, o PR, Armando Guebuza, disse de forma peremptória que o que está em causa nas desinteligências que se observam entre os dois vizinhos, é um problema de soberania.

“Em primeiro lugar é preciso ter em conta que se trata de um problema de soberania. E em problema de soberania quem decide qualquer coisa que seja é o país soberano” – disse Guebuza.

Por outro lado, o presidente moçambicano, referiu que mesmo compreendendo, as necessidades do Malawi, a posição de Moçambique é que primeiro deve ser feito um estudo de viabilidade.

Mota Engil no lago Malawi

A construtora civil portuguesa, Mota Engil, a mesma que construiu o porto malawiano de Nsange acaba de ganhar o concurso para a navegação e exploração do lago Malawi, o lago Niassa para o lado moçambicano.

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