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Autorizada exportação da castanha

Arranca, próxima semana, o processo de exportação da Castanha de Cajú da presente época, que havia sido suspenso pelo governo de Nampula, desde o inicio da comercialização do produto, depois da conclusão de que a venda para o exterior não vai o abastecimento da industria local de processamento, que em algum momento se viu ameaçada com a subida do preço ao produtor.

 

 

Emílio Furede, delegado do Instituto Nacional de Caju (INCAJU), em Nampula, cálculos feitos permitiram chegar a conclusão de que existe castanha suficiente, capaz de satisfazer as necessidades das industrias assim como dos exportadores.

Foi assim que, segundo as projecções, os industriais vão ficar com 34 mil toneladas de Castanha de caju, para sua matéria-prima, enquanto que os exportadores terão que se contentar com 14 mil toneladas.

Para os industriais, as quantidades para eles reservadas poderão ser acrescidas com as outras que virão das províncias da Zambézia e Cabo Delgado, dai não haver receio de ficarem sem o produto – destacou a fonte.

Dezembro passado, o governo de Nampula tomou medidas visando salvaguardar os interesses da industria local de processamento da Castanha de caju, ao interditar a exportação daquele produto em bruto, a partir do porto de Nacala.

Tal ficou a dever-se ao facto de a comercialização da Castanha, estar a ser dominado pelos comerciantes interessados na exportação bruta do produto, os quais pagam mais de 30 meticais/quilograma, contra os 10 meticais dos industriais, concorrência que ameaçava provocar o “colapso” das 16 fabricas que, segundo disseram, não estavam em condições de “alinharem” na corrida.

Na óptica de Felismino Tocoli, governador de Nampula, a subida do preço de compra da Castanha de caju era benéfica para os produtores, todavia, em direcção contraria, prejudicava os industriais.

Inquietação idêntica foi manifestada pela Associação dos Industriais de Caju (AICAJU), que na pessoa do respectivo presidente, Mohamed Yunuss, classificou o actual preço de 30 meticais/quilograma de Castanha praticado pelos exportadores, de um presente envenenado.

A província de Nampula espera comercializar este ano, 40.320 toneladas de Castanha de caju, cifra que segundo dados oficiais disponíveis, já foi comprida em 85,9 por cento.

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