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Legalizada detenção de membros do grupo armado que atacou Mocímboa da Praia

As autoridades judiciais em Cabo Delgado legalizaram a detenção de pelo menos 50 indivíduos, entre homens e mulheres, acusados de envolvimento em ataques perpetrados por um grupo armado, em Mocímboa da Praia, na madrugada de 05 de Outubro prestes a findar.

A todo, 117 indivíduos, três dos quais de nacionalidade estrangeira, foram recolhidos aos calabouços, devido à sua alegada ligação com os ataques em questão, segundo Armando Wilson, porta-voz da Procuradoria Provincial de Cabo Delgado.

O grosso dos detidos é da religião muçulmana nos distritos de Mocímboa da Praia e Palma.

Dos visados, consta um cidadão identificado pelo nome de Sualehe Abudo, membro do Conselho Islâmico de Moçambique em Palma. Ele foi preso no último fim-de-semana na sua própria residência, localizada na vila-sede do distrito de Palma, e encaminhado às celas da Penitenciária da Cidade de Pemba. Na companhia estão outros mais de 30 cidadãos.

O @Verdade apurou que parte dos detidos apresenta graves ferimentos, sobretudo nas nádegas, supostamente por terem sido vítimas de agressão com recurso a cassetetes durante a investigação. A agressão foi alegadamente protagonizada pelas Forças de Defesa e Segurança.

A nossa fonte disse ainda que pelo menos dois dos mais de 20 supostos integrantes do grupo armado que aterrorizou a vila-sede de Mocímboa da Praia confessaram o seu envolvimento após serem presumivelmente convidados por amigos em troca de um milhão de meticais.

Ainda semana passada, de acordo com o nosso interlocutor, a sede do posto administrativo de Olumbi, no distrito de Palma foi vandalizada e o mesmo grupo incendiou uma mesquita de construção precária, sem provocar vítimas humanas.

Os elementos ora detidos têm idades que variam de 18 a 30 anos. Neste momento, a situação em Mocímboa da Praia e Palma é descrita como sendo calma, mas ainda há um forte contingente das Forças de Defesa e Segurança (FDS).

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