Foi lançada, segunda-feira, em Maputo, dia 8 do mês em curso a proposta de implementação da estratégia REED+ em Moçambique. Esta estratégia REED+ consiste em reduzir as emissões de carbono por desflorestação e degradação das florestas.
De referir que este mecanismo vem no seguimento do que ficou acordado na Cimeira de Cancun em que as potencias mais poluidoras como os Estados Unidos, China, Brasil e aos países periféricos no sentido de adoptarem medidas com vista a diminuírem a emissão de dióxido de carbono.
Esta estratégia já foi implementada pelo Brasil na Floresta Amazónias e segundo os últimos estudos ambientais tem atingido resultados satisfatórios.
A mitigação das alterações climáticas a nível mundial também esta abrangido na estratégia do REED+ uma vez que esta pretende para alem de converter áreas não florestais e degradadas em plantações florestais, prevê também adoptar medidas para reduzir o desflorestamento e as queimadas.
O Grupo Nacional de trabalho sobre o REED+ em Moçambique e formado pelo Ministério da coordenação Ambiental e pelo Ministério da Agricultura como órgãos reguladores, a Universidade Eduardo Mondlane como suporte técnico e pelos membros da sociedade civil como a FDC,a Enviro Trade a Amoma, entre outros.
Segundo as palavras do Dr Sitoe, um dos oradores do encontro o estudo desta proposta comportou varias consultas publicas no sentido de sensibilizar as populações das áreas apontadas como sendo de interesses assim como envolve-las na estratégia, uma das formas de consciencializar foi a de mostrar como as queimadas degradam o meio-ambiente e a conhecer outro tipo de culturas alternativo não prejudiciais.
As referidas consultas aconteceram nas províncias de Niassa, Nampula, Zambezia, Tete e Gaza, acompanhadas de seminários regionais que decorreram dos dias 19 de Abril ate sensivelmente a 30 de Julho do ano transacto nas províncias de Maputo, Sofala e Nampula.
Segundo Sitoe este projecto e multissectorial e transversal uma vez que para conseguir atingir os resultados esperados terá que haver uma coordenação inter e intrasectorial,falando assim já do seu quadro legal.
Adiantou que a complexidade da estratégia e grande exigindo que fossem chamados para integrar o Grupo Nacional sobre o REED+, o Conselho Nacional de desenvolvimento sustentável e o Conselho Nacional de mudanças climáticas.
Falando sobre os fundos necessários para implementa o projecto este apontou o Banco Mundial como financiador deste projecto, mas quando já estiverem na fase de implementação da estratégia este beneficiara de outras contribuições externas multilaterais e filantrópicas apontando o contributo através de acções de responsabilidade social de industrias nacionais que degradam as florestas como a Mozal, LAM, Sasol, EDM e CFM.
As áreas identificadas como sendo as primeiras a beneficiarem desta projecto em Mocambique será na região de Naguema-Mossuril para a zona Norte, a Zona tampão de Chinaminami-Tsetsera zona Centro e em Chicualacuala para a zona Sul.
O REED+ foi acolhido com satisfação por todos intervenientes presentes na reunião e posteriormente entregue formalmente em mãos a Ministra da Coordenação Ambiental, Drª. Alcinda Abreu para ser submetida a aprovação no próximo Conselho de Ministros a realizar-se a 27 de Fevereiro próximo.
Referir que este encontro contou com a presença da Ministra da Coordenação Ambienta de Mocambique, dos parceiros de cooperação Noruega, Portugal, Finlândia, Comissão Europeia, Danida entre outros da Sociedade civil.
