O filme La Dolce Vita de Fellini exibido na semana passada, no Cine Scala, em Maputo, ilustra que a Itália nem sempre foi uma sociedade desenvolvida, como a cinematografia actual tem revelado. Esse país sofreu a opressão colonial, lutou contra o inimigo, venceu a guerra, a fim de recriar a sua sociedade.
O seriado de Fillini mostra as dificuldades que os italianos enfrentaram para acabar com desordem que a ditadura instalou naquele país, concorrendo para a limitação do exercício das liberdades cívicas.
Para além de ser uma exibição da evolução do cinema italiano, o filme retrata a transição do cinema neorrealista passando a usar uma mistura com o clássico, que entrou em vigor após a guerra.
Segundo o realizador Paulo Carvalho, o cinema italiano é um espelho de criatividade para os outros países, embora tenha enfrentado imensas dificuldades.
Para o realizador, a exibição tem o propósito de inspirar os moçambicanos a lutar na tentativa de recriar a sua cultura. Na verdade, o filme é o reflexo do que a Itália foi nos tempos passados.