O incêndio registado na cave do Prédio Zambeze, onde fica o armazém da “Kayum Centre”, uma das maiores lojas de electrodomésticos da cidade de Maputo, foi declarado debelado no principio da tarde de hoje, mais de 30 horas depois de deflagrar na madrugada de Domingo.
Não houve vítimas humanas resultantes do incêndio que atingiu com gravidade a cave do edifício, lamentandose apenas o facto de um agente dos Serviços Nacionais de Bombeiros (SNB) ter ficado ligeiramente ferido. Algumas das cerca de 50 famílias residentes no prédio preferiram passar a noite de Domingo em outros lugares mais seguros.
Os bombeiros só conseguiram alcançar o foco do incêndio por volta das cinco horas de hoje, mais de 24 horas depois da sua chegada ao local, segundo disse à AIM o chefe do Departamento de Prevenção e Combate aos Incêndios dos SNB, Renato Taveira. “O fogo não foi tão intenso a ponto de colocar em risco a estabilidade do edifício”, disse Taveira, acrescentando que “a loja “Kayum Centre” (que funciona naquele edifício) não foi muito atingida pelo incêndio, só o armazém ficou muito afectado”.
Na loja, havia tecidos, electrodomésticos (fora de uso), como televisores e ar condicionados, mistura de lixo plástico, entre outros materiais que dificultaram o trabalho dos bombeiros depois da eclosão do incêndio. Por outro lado, os bombeiros (os de serviço público e os da fábrica de Alumínio MOZAL) tiveram dificuldades de debelar o incêndio porque este não se apresentava em forma de chamas, caracterizando-se apenas em jeito de fumo denso.
Ainda no princípio da tarde, via-se alguma fumaça saindo da cave do edifício e os bombeiros estavam a bombear, para fora, a água introduzida no interior desde a madrugada de Domingo. Enquanto isso, os trabalhadores da “Kayum Centre” tratavam de retirar os electrodomésticos existentes na loja para um lugar mais seguro. Os vidros da loja forma partidos no Domingo para facilitar a saída do fumo que perturbava a visibilidade dos bombeiros no interior da cave.
Os bombeiros dizem ter usado cerca de 200 mil litros de águas neste incidente que mobilizou mais de 50 homens (entre bombeiros e pessoal administrativo), além de cinco bombeiros da MOZAL. Falando à imprensa, o portavoz do Comando da Policia moçambicana (PRM) na cidade de Maputo, Arnaldo Chefo, disse que uma unidade de investigação criminal ainda estava a trabalhar no sentido de esclarecer as razoes do incêndio. “Mas, numa primeira avaliação, suspeita-se que se tratou de um curtocircuito”, afirmou Chefo.