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Justiça indiana condena quatro acusados de estupro coletivo num autocarro

Quatro homens foram condenados, esta Terça-feira (10), pelo estupro e morte de uma jovem num autocarro de Nova Délhi, um crime que comoveu a Índia e forçou o país a confrontar a questão da violência sexual disseminada, numa sociedade que passa por profundas transformações.

A discussão sobre a sentença deve começar na Quarta-feira, segundo uma fonte judicial. Os quatro réus podem ser mandados para a forca. Com lágrimas nos olhos e vestindo um sári rosa, a mãe da vítima, que tinha 23 anos, assistiu à leitura do veredicto sentada a poucos metros dos quatro réus, que estavam de pé diante de uma parede.

“Condeno todos os acusados. Eles foram considerados culpados por estupro colectivo, infracções antinaturais, destruição de provas… e por cometer o homicídio da vítima indefesa”, disse o juiz Yogesh Khanna. Depois do ataque, ocorrido a 16 de Dezembro de 2012, milhares de indianos saíram às ruas em várias cidades para protestar.

O caminho da vítima, que chegou aos primeiros degraus da classe média graças à educação, parecia simbolizar as aspirações de milhões de raparigas e rapazes no segundo país mais populoso do mundo.

A Índia é o pior lugar entre os países do G20 para as mulheres viverem, segundo uma pesquisa feita no ano passado pelo TrustLaw, serviço noticioso jurídico mantido pela Fundação Thomson Reuters.

O faxineiro de autocarro Akshay Kumar Singh, o instrutor de ginástica Vinay Sharma, o vendedor de frutas Pawan Gupta e o desempregado Mukesh Singh foram considerados culpados por terem atraído a vítima e um amigo dela para o autocarro, quando a dupla voltava do cinema, num shopping que funciona em frente ao tribunal que condenou o grupo.

Enquanto o autocarro percorria as ruas, os homens repetidamente estupraram e torturaram a vítima com uma barra de metal, antes de lançarem a moça e o rapaz à rua, nus e semi-inconscientes. Ela morreu num hospital de Cingapura, duas semanas depois.

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