Um jovem de vinte anos de idade está a contas com as autoridades policiais na cidade da Beira, por ter sido surpreendido na noite desta quarta feira, 27 de Abril, por agentes da lei e ordem na posse de uma cabeça de uma criança de cerca de dois anos.
Daniel Afonso de Sousa, residente no bairro da Chipangara, assumiu ter morto a criança no bairro da Munhava, na Beira, confessando que cometeu o acto na residência dos seus parentes, vizinhos dos pais da vítima.
Mateus Mazive, chefe da secção de imprensa no comando provincial da Polícia da República de Moçambique em Sofala, decorrem já investigações para se apuramento das motivações deste crime hediondo.
Os pais da vítima souberam do assassinato do filho na esquadra local, para onde se dirigiram para comunicar o seu desaparecimento. O resto do corpo da criança foi encontrado na mesma noite e encontra- se depositado na morgue do Hospital Central da capital da província de Sofala, centro de Moçambique.
Recorde-se que ainda que na cidade da Beira, há cerca de duas semanas, um outro jovem assassinou no bairro da Ponta-Gêa, um bebé com a mesma idade sem motivo aparente.
A polícia não descarta a possibilidade de haver mandantes nestes dois crimes. Leia passagens das declarações do jovem envolvido no caso desta quarta-feira, proferidas aos microfones da Rádio Moçambique.
– Porque é que matou a criança?
– Por nada.
– Conhecia a criança?
– Sim. É uma criança vizinha. Conheço os pais.
– Como é que foi o caso?
– Eu estava em casa, sentado. E aquela criança entrou na nossa casa. Daí aconteceu.
– Havia alguma contradição com os pais da criança?
– Não.
– Utilizou o quê para matar a criança?
– Uma faca. Cortei a cabeça dela.
– E depois?
– Coloquei a cabeça dela numa pasta, depois comecei a andar pela cidade, sem destino. – – Não sei onde é que ia. Só estava a andar
