A cidade de Nampula registou, semana passada, um caso insólito e menos comum. Um facto contrário aos princípios morais e éticos desta região do país. Trata-se de um casamento incomum, unindo, matrimonialmente, um jovem vivo e uma malograda, ou seja, uma cidadã já falecida.
Familiares do jovem, contactaram a reportagem do O Nacalense para dar a conhecer o caso insólito, tendo dito que tudo começou quando um jovem de nome Recardine Mavemba, residente nos arredores da cidade de Nampula, teria se envolvido numa relação amorosa com uma jovem que em vida respondia pelo nome de Márcia Lampião, 18 anos de idade, tendo resultado em gravidez.
Ciente da sua responsabilidade, o Jovem Mavemba comunicou a ocorrência aos seus pais e estes, por sua vez ,dirigiram-se a casa dos pais da jovem a fim de se apresentarem.
Feita a apresentação, o pai da jovem ordenou para que a família do noivo criasse condições para a realização do respectivo matrimónio, nomeadamente a realização do casamento do tipo lobolo, tal como regem os hábitos e costumes dos familiares da miúda.
“N este caso, ficamos com a responsabilidade de reunir todas as condições para a compra de um cabrito, vestuários, incluindo calçados, bebidas alcoólicas para a realização da cerimónia. Só que antes disso a nossa cunhada perde a vida ” – disse a porta-voz da família de Mavemba.
Depois da morte da Márcia Lampião, última Quarta-feira, vítima de doença, o pai veio a condicionar a realização das cerimónias fúnebres da filha com a realização do matrimónio, o que pegou de surpresa e admiração a família do noivo.
“Assim, o nosso filho já se casou com cadáver” – lamentou uma familiar. Importa referir que esta situação não só deixou agastado os familiares do noivo, como também vizinhos e outros familiares da noiva.
Segundo O Nacalense, a vítima veio a enterrar no cemitério novo, última sexta-feira, depois de o seu pai ter recebido os bens do lobolo.