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Jornalista cubano em greve de fome precisa ser hospitalizado

O jornalista dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há cinco dias em Santa Clara, “está muito fraco”, com sintomas de desidratação, e precisa “ser hospitalizado”, informou por telefone nesta segunda-feira seu médico, Ismel Iglesias.

“Está muito fraco, com dor de cabeça, abdominal e nas pernas. Apresenta fortes sintomas de desidratação e taquicardia. Precisa de cuidado e de hospitalização, de hidratação”, disse Iglesias à AFP.

Fariñas, um sociólogo de 48 anos que realizou várias greves de fome e foi preso três vezes por atitudes opositoras, decidiu iniciar o protesto na quarta-feira à noite, após a morte do também grevista e preso político, Orlando Zapata, que faleceu na última terça-feira. Quatro presos políticos, Diosdado González, de 47 anos, Eduardo Díaz (58), Fidel Suárez (49) e Nelson Molinet (45) também mantêm nesta segunda-feira seu quinto dia de greve de fome na prisão, confirmou o ativista Elizardo Sánchez.

O médico Iglesias destacou que Fariñas “tem experiência” nesse tipo de protesto e que em outras ocasiões demorou “sete ou oito dias para cair em choque”, mas “não creio que ele possa chegar desta vez a essa situação”, disse.

“Vejo-o bastante fraco e expliquei que precisa ser hidratado, mas ele deseja ser hospitalizado quando sofrer um colapso ou perda de consciência, antes não”, acrescentou Iglesias, de 36 anos e que já viu o opositor fazer outros protestos semelhantes. Segundo a dissidência, em Cuba há cerca de 200 presos políticos, 65 deles reconhecidos como presos de consciência pela Anistia Internacional, ainda que o Governo cubano os considere “mercenários” a serviço dos Estados Unidos.

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