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Jeremias Pondeca, membro sénior do partido Renamo, assassinado a tiro na capital de Moçambique

Jeremias Pondeca

Foto da AIMFoi assassinado neste sábado(08) na cidade de Maputo Jeremias Pondeca membro do Conselho de Estado, eleito pela Assembleia da República em representação do Partido Renamo, e membro da Comissão Mista de Diálogo para a Paz em Moçambique. De acordo com a Polícia da República de Moçambique(PRM) Pondeca foi alvejado mortalmente por indivíduos não identificados, “que segundo as testemunhas no local faziam-se transportar numa viatura de marca Toyota Runx, em número de quatro. Eles desceram da viatura, dirigiram-se à vítima, à queima roupa alvejaram mortalmente e depois puseram-se em fuga. Ainda no local do facto foram encontrados sete invólucros de munições de uma arma de fogo do tipo AK47”.

Segundo familiares, e membros do maior partido de oposição, Jeremias Pondeca Munguambe, de 55 anos de idade, saiu de casa na manhã de sábado para realizar os seus exercício matinais e não mais regressou.

Estranhando a demora os parentes contactaram os colegas de Pondeca e encetaram buscas pela cidade que culminaram, já no fim do dia de sábado, com descoberta do cadáver na morgue do Hospital Central de Maputo entre os finados dados como desaparecidos.

Aparentemente Jeremias Pondeca fazia os seus exercício na marginal sem nenhuma identificação quando foi baleado mortalmente por desconhecidos. Alertada da ocorrência ainda na manhã de sábado a PRM removeu o corpo para a morgue.

“Ontem(sábado), por volta das 7h30, o Comando da Polícia da República de Moçambique na cidade de Maputo teve conhecimento da existência de um corpo humano sem vida na margem da praia da Costa do Sol, defronte do supermercado Game. Na altura o piquete operativo da PIC fez-se ao local para efectuar os exames preliminares tendo constatado que a vítima fora alvejada mortalmente por indivíduos não identificados, que segundo as testemunhas no local faziam-se transportar numa viatura de marca Toyota Runx, em número de quatro. Eles desceram da viatura, dirigiram-se à vítima, à queima roupa alvejaram mortalmente e depois puseram-se em fuga. Ainda no local do facto foram encontrados sete invólucros de munições de uma arma de fogo do tipo AK47, a mesma arma que os assassinos usaram para tirar a vida a esta vítima”, disse a jornalistas nest domingo(09) o Orlando Modumane, o porta-voz da PRM na capital do País.

De acordo com a fonte no local do crime “foi encontrado um molho de chaves, provavelmente da residência, e a viatura da vítima foi localizada num outro local próximo”.

“Até então desconhece-se o móbil do crime, a Polícia da República de Moçambique está a encetar todas as diligências possíveis no sentido de esclarecer este caso”, acrescentou Modumane.

Deputado da Assembleia da República, entre 1995 e 2004, Jeremias Pondeca integrava a Comissão Mista, como membro da subcomissão criada para harmonizar a revisão do pacote legislativo, que prepara o encontro entre o Presidente de Moçambique e o líder do partido Renamo para pôr fim a guerra que decorre no nosso País.

Este assassinato acontece nas vésperas da retomada dos encontros da Comissão Mista, cujos trabalhos foram suspensos a 30 de Setembro sem nenhum acordo, após 20 encontros, e estão previstos retomarem nesta segunda-feira(10).

Pondeca já havia integrado a delegação do partido Renamo que entre 2013 e 2014 reuniu com a sua contra-parte do Governo durante centenas de rondas de negociação, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, para a Paz em Moçambique.

Os atentados à vida de membros e simpatizantes do maior partido de oposição em Moçambique não são uma novidade entre os mais recentes, e à parte dos menos sonantes, foi assassinado à tiro, a 22 de Setembro, Armindo António Ncuche membro da Assembleia Provincial de Tete e delegado político distrital da Renamo. No dia 8 de Setembro escapou de um atentado, em Quelimane, a chefe da bancada parlamentar do partido Ivone Soares.

Um agente das Forças Governamentais revelou no início deste ano a existência de um esquadrão de elite em Moçambique que, entre outras “missões”, é usado na eliminação de membros e simpatizantes do partido Renamo.

 

NOTÍCIA ACTUALIZADA COM DEPOIMENTO DA PRM

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