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Javier Bardem e Elio Germano, melhores atores de Cannes

O prêmio de melhor ator no Festival de Cannes deste ano foi dividido entre o espanhol Javier Bardem, que atuou em “Biutiful”, e o italiano Elio Germano, por seu trabalho em “La nostra vita”. Javier Bardem mostrou atuação intensa e sóbria em “Biutiful”, do realizador mexicano Alejandro González Iñarritu, que lhe valeu mais uma grande recompensa do cinema mundial, o prêmio de melhor ator em Cannes, após receber um Oscar em 2008 por sua interpretação no filme dos irmãos Ethan e Hoel Coen (“Onde os fracos não têm vez”).

Bardem, que tornou-se o principal ator espanhol de sua geração, nasceu no dia 1 de março de 1969 em Palmas de Gran Canaria de uma família marcada pela arte. Neto de atores, filho da atriz Pilar Bardem, sobrinho do famoso diretor Juan Antonio Bardem e irmão dos atores Carlos e Mónica Bardem, não há dúvida de que tem a arte nas veias.

Pisou em Hollywood em 2001, ao ser indicado a um Oscar por sua magistral “reencarnação” do escritor homossexual cubano Reinaldo Arenas em “Antes que anoiteça”, de Julian Schnabel. Ele era para muitos o ator destinado a ser o novo “latin lover” de Hollywood, substituindo o já famoso compatriota Antonio Banderas, mas os personagens que escolheu o levaram para longe desse clichê.

Entre suas incursões no cinema internacional também destacam-se “Os fantasmas de Goya”, de Milos Forman, “Amor em tempos de cólera”, de Mike Newell, e “Vicky Cristina Barcelona”, de Woody Allen. Já o italiano Germano, outro vencedor do prêmio de melhor ator do Festival, foi revelado em 2002 na Semana da Crítica com “Respiro”, antes de filmar com Ettore Scola e Abel Ferrara, que o converteram em um importante expoente do cinema italiano.

Em “La nostra vita”, de Daniele Luchetti, o ator de 29 anos seduziu o juri de Cannes com uma charmosa e emocionada composição de um capataz de obras que vê sua vida dar uma guinada de um dia para o outro. Nascido em 25 de setembro de 1980 em Roma, Elio Germano, que muitos comparam com o jovem Robert de Niro, começou a ficar conhecido ao atuar no filme “Respiro”, de Emanuele Crialese, em 2002, e posteriormente ser escolhido por Abel Ferrara para “Mary”.

Ele trabalhou ainda com Luchetti em “Meu irmão é filho único”, apresentado em Cannes em “Um Certo Olhar” e premiado com um David di Donatello do cinema italiano. Em “La Nostra Vita”, Elio Germano encarna Claudio, que vive feliz em Roma com sua esposa Elena (Isabella Ragonese) e seus dois filhos pequenos. Grávida, Elena sonha com férias na Sardenha, mas a família não pode pagá-las porque “nós não roubamos”, segundo explica aos filhos. Mas quando Elena morre ao dar à luz, a vida de Claudio dá uma reviravolta, e ele precisa sobreviver e cuidar sozinho dos filhos.

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