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Jared Leto ganha Oscar de melhor actor secundário

Jared Leto ganhou o Oscar de melhor actor secundário pelo seu papel como o travesti Rayon em “Clube de Compras Dallas”, na 86ª cerimónia de entrega do principal prémio da indústria do cinema, em Los Angeles, este domingo (2).

Esta foi a primeira indicação e premiação do actor de 42 anos, que ganhou elogios da crítica por seu papel como o doce e tolerante travesti Rayon, para o qual ele perdeu muito peso. “Isto é para os 36 milhões de pessoas lá fora que perderam a batalha para a SIDA”, disse Leto ao receber a estatueta.

“Para aqueles que sentiram injustiça por causa de quem vocês amam e quem vocês são, eu estou aqui com vocês e por vocês.” Também disputavam o prêmio Barkhad Abi, por “Capitão Phillips”, Bradley Cooper, por “Trapaça”, Michael Fassbender, por “12 Anos de Escravidão”, e Jonah Hill, por “O Lobo de Wall Street”.

Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é electricista e eventual participante de rodeios, cuja vida toma caminhos inesperados quando é diagnosticado com SIDA, em meados dos anos de 1980, quando a doença era tão mais perigosa e desconhecida. Machão arrogante e cheio de si, ele logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica.

O inimigo de Ron – quase até mais que a doença – será o sistema de saúde e seus meandros. Sempre batendo de frente com seus médicos, o protagonista burla leis, compra AZT roubado (na época, o remédio usado no tratamento).

Quando a médica muda de lado e se torna uma aliada – também por interesses científicos sobre os efeitos da droga, os dois percebem que altas doses do remédio podem ser mais prejudiciais do que benéficas no controle.

A mudança radical acontece quando Ron cruza a fronteira com o México, onde procura um médico norte-americano expatriado que lhe sugere uma combinação de outras drogas e uma dieta específica para aumentar a imunidade.

Em pouco tempo, Ron torna-se um tipo de traficante, receitando a mesma combinação a pessoas com Aids – obviamente, ele é o fornecedor das drogas. O negócio é tão lucrativo que, com a ajuda da travesti Rayon, monta e administra um escritório num quarto de hotel.

Logo uma fila gigantesca se forma, uma evidência do vulto que a epidemia estava assumindo naquela época. O sector do governo responsável pela fiscalização dos medicamentos está a bater na porta de Ron. É aí que o filme mostra a omissão do Estado que, aliado à indústria farmacêutica, parece mais interessado na burocracia do que na corrida para salvar vidas, sem demonstrar nem ao menos compaixão.

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