A bola de futebol é de ar, com um perímetro de 68 a 70 cm, pesa entre 210 e 250g, e coberta de cabedal ou outro material sintético. A maioria das bolas de futebol modernas é cozida com 32 painéis de cabedal à prova de água ou de plástico e as cores são normalmente o preto e o branco. Uma bola de futebol mais antiga era feita com 18 painéis de cabedal. O problema era que estas eram muito pesadas.
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Para o Mundial de 2010 a Adidas assegura haver desenvolvido uma bola perfeita, pelo menos até ao momento, e denominou-a de Jabulani que significa “comemorar” em zulu.
A Jabulani é o resultado de importantes avanços em termos tecnológicos, ao contrário dos moldes anteriores das bolas de futebol Adidas, constituídas por gomos planos. Esta é formada por oito gomos em 3D unidos termicamente, que a tornam impermeável e garantem que o seu peso não muda muito mesmo que chova ou o jogo decorra num campo alagado.
Os oito gomos foram moldados esfericamente para dar à bola um formato perfeitamente cilíndrico, o que assegura um balanço de voo inigualável. Ao passarmos as mãos pela bola, a primeira coisa que chama a atenção é a textura com ranhuras de aderência que asseguram um domínio completo, uma trajectória estável no ar e uma aderência perfeita em qualquer condição. Estas ranhuras de aderência em círculos contornam toda a superfície da bola, possibilitando a aerodinâmica ideal. Além disso, as ranhuras integradas garantem uma trajectória quase perfeita.
No entanto, desde o início da preparação das seleções para o Mundial 2010, a jabulani tem recebido críticas constantes de jogadores e, principalmente, de guarda-redes de várias seleções participantes. O guarda redes brasileiro Julio Cesar chegou a dizer que a Jabulani era parecida com bolas compradas em supermercados enquanto o médio Felipe Mello foi mais longe e comparou a bola a uma menina virgem e que não gosta de ser chutada.
Má ou não, a bola tem dado trabalho aos guarda-redes na Àfrica do Sul, vários foram os golos resultantes de falhas dos guarda redes: Inglaterra, Nigéria, Dinamarca e Argélia são algumas das seleções que sofreram resultados adversos por causa de golos sofridos de remates, apartida de fácil defesa.
Recentemente a Fifa disse estar aberta a discutir a polêmica em torno da Jabulani. Numa entrevista coletiva no Soccer City, em Joanesburgo, Jèromê Valcke, secretário-geral da entidade máxima do futebol, revelou que será agendada uma reunião para discutir os problemas da bola.
“A Fifa é receptiva ao que tem sido dito sobre a bola. Teremos uma reunião para falar sobre a bola. Existem regras para o tamanho, o peso da bola. Falaremos com os projetistas, técnicos e então conversaremos com a Adidas (fabricante da bola). Não existe nada mais importante que a bola e ela tem que ser perfeita. Se ela tem problemas, discutiremos com os projetistas e decidiremos o que será feito” – disse Valcke.
