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Islamitas do Cáucaso reivindicam atentado contra comboio russo

O grupo islamita caucásico do chefe rebelde checheno Doku Umarov reivindicou o atentado de sexta-feira passada contra o comboio russo Nevski Express, informou na quarta-feira o site Kavkazcenter, ligado a esse movimento.

“Declaramos que esta operação foi preparada e realizada dentro de uma série de operações de sabotagem planejadas no início do ano contra os locais estratégicos da Rússia por ordem do emir do Emirado do Cáucaso, Doku Umarov”, indica a nota de reivindicação que Kavkazcenter afirma ter recebido. A carta está assinada pelo “Estado-Maior das forças armadas do Emirado Cáucaso”, dirigido por Doku Umarov, um ex-presidente separatista checheno que se proclamou emir e chefe de todos os movimentos rebeldes activos no Cáucaso russo.

A nota também promete prosseguir com esse tipo de acção “enquanto a Rússia não cessar com sua política de assassinato de muçulmanos”. Várias república do Cáucaso do norte estão em rebelião, que tem suas origens nas duas guerras que devastaram a Chechênia nos anos 1990 e início dos anos 2000. Pelo menos 25 pessoas morreram no descarrilamento provocado por um atentado na noite de sexta-feira de um comboio de passageiros entre Moscou e São Petersburgo.

O atentado aconteceu em uma das linhas ferroviárias mais movimentadas da Rússia, que liga Moscou a São Petersburgo, a 284 km da capital, perto da cidade de Uglovka. O descarrilamento atingiu pelo menos quatro vagões do Nevski Express, um comboio de grande luxo muito utilizado por turistas estrangeiros. Uma cratera de um metro de diâmetros foi localizada perto da via e algumas testemunhas afirmaram ter ouvido uma forte explosão antes do acidente. Em Agosto de 2007, um atentado com bomba provocou o descarrilamento de um comboio do mesmo tipo, o Nevsky Express.

Na ocasião, 60 pessoas ficaram feridas e as autoridades entraram em alerta para o risco de ataques da rebelião chechena ou de grupos nacionalistas. O comboio do acidente de sexta-feira estava formado por 14 vagões que transportavam 660 passageiros.

“Dois vagões viraram completamente. Várias pessoas foram esmagadas sob as ferragens. Escutei muitos gritos”, declarou o passageiro Andrei Abramenko, tenente coronel da polícia, ao canal Vesti 24. O presidente russo, Dmitri Medvedev, determinou que o director do Serviço Federal de Segurança (FSB), Alexander Bortnikov, e o procurador-geral do país, Yuri Chaika, coordenassem as investigações.

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