A área da Investigação Científica consome em Moçambique o correspondente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativas avançadas esta terça-feira pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Num esforço tendente a inverter o actual cenário, o Governo moçambicano prevê gastar nos próximos quatro anos cerca de 13 milhões de dólares norte-americanos em projectos de inovação e investigação científica desenvolvidos com intervenção directa do sector privado, de acordo com Alsácia Atanásio, directora do Fundo Nacional de Investigação (FNI).
O propósito é tornar Moçambique numa potência na África Austral do ponto de vista de Investigação Científica, segundo ainda Atanásio, realçando, entretanto, que até 2005, a actividade de inovação e investigação beneficiava apenas de 0,4% do PIB.
A previsão até 2014 é o investimento na área passar a ser de 3% do PIB, de acordo igualmente com a fonte, ajuntando que, nos últimos três anos, foram aplicados cerca de 2,3 milhões de dólares norte-americanos em acções de viabilização de 72 projectos de inovação e investigação científica aprovados.
Refira-se que os ramos de actividade que mais deverão beneficiar dos cerca de USD 13 milhões até 2014 são os do Agroprocessamento, Oceanografia, Indústria, Energia, Meio Ambiente, Etnobotânica e Construção Civil, de acordo igualmente com Atanásio, falando esta terçafeira em Maputo, à margem da abertura das Terceiras Jornadas Científicas e Tecnológicas de Moçambique.