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Inundações: seis mil pessoas vulneráveis em Limpopo

Cerca de 6 mil pessoas na bacia do Limpopo, província de Gaza, sul de Moçambique, estão em situação de vulnerabilidade devido às inundações provocadas pelas chuvas naquela região.

Actualmente, segundo o portavoz do Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), Belarmino Chivambo, cerca de 3.500 pessoas já foram tiradas das zonas de risco, das quais 160 nas últimas 48 horas. Interpelado pela AIM e uma estação televisiva privada, sábado, em Maputo, Chivambo disse que algumas pessoas serão retiradas compulsivamente das zonas de risco, uma decisão que visa evitar mortes.

“Estamos preocupados com a situação no vale do Limpopo. Neste momento temos seis mil pessoas em situação de vulnerabilidade e que podem perder a sua escola, machamba e outros bens. Algumas pessoas saíram voluntariamente das zonas de risco, mas outras teremos que retirá-las a força” disse.

Chivambo fez saber que muitas zonas ao longo do vale do Limpopo estão inundadas, mas não pelo transbordo do rio, mas sim devido a saturação dos solos.

“Temos inundações nas aldeias, mas não por causa do transbordo do rio. Em muitas aldeias, os solos são argilosos e têm dificuldades de absorver as águas das chuvas” explicou.

Segundo Chivambo, a situação no terreno mostra que o país enfrenta um cenário de inundações e ventos fontes. Estes fenómenos já provocaram a morte de oito pessoas, das quais seis em Gaza e duas em Nampula, bem como afectaram outras 12 mil, tendo também destruído 16 mil hectares de culturas diversas.

“Ainda estamos no cenário um e alerta vermelho institucional para resgatarmos as pessoas que se encontram nas zonas de risco compulsivamente, mobilizar a população a sair e entrar lugares seguros, com o apoio dos nossos parceiros, bem como evitar mortes”, frisou.

Para mitigar os efeitos das calamidades naturais, incluindo as chuvas fortes que se fazem sentir um pouco por todo o país, ciclones e sismos, o Governo possui um plano de contingência avaliado em 120 milhões de meticais.

De salientar, que o Governo descarta, por enquanto, qualquer possibilidade de lançar um apelo internacional para apoiar as vítimas das inundações no país, considerando que a situação está controlada.

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