Intensifica-se a pressão financeira e política sobre o presidente marfinense Laurent Gbagbo, que continua a não querer abandonar o poder apesar das Nações Unidas considerarem que as eleições do mês passado foram ganhas pelo seu rival Alassane Ouattara.
Depois do reconhecimento oficial de Ouattara pela ONU, foi agora a vez do Banco Central da UEMOA, a União Económica e Monetária da África Ocidental, que anunciou o congelamento de fundos para o governo de Gbagbo. Horas antes, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU já tinha expressado profunda preocupação pela violência pós-eleitoral na Costa do Marfim.
Numa sessão especial em Genebra, na Suiça, o Conselho adoptou por unanimidade uma resolução que condena os que os estados membros descreveram como atrocidades, e que exige o regresso da lei e ordem.
Um destacado funcionário da ONU diz que até ao momento os peritos já conseguiram confirmar mais de 170 mortos, noventa casos de tortura e mais de quinhentas detenções.