O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a elaborar um esboço de proposta de lei sobre controlo de natalidade em Moçambique, como uma das medidas a tomar para a redução dos elevados índices de pobreza absoluta e para a segurança alimentar.
Contudo, um dos constituintes do grupo encarregue de elaborar a referida proposta revelou ao Correio da manhã que ela poderá ser reprovada por quem de direito (Governo e/ou Assembleia da República), “por chocar com a realidade sociocultural moçambicana, que é por muitos filhos numa família”.
Ajuntou haver já “um forte desconforto no seio dos governantes” por a proposta não se enquadrar na realidade moçambicana, apesar de reconhecer que “ter poucos filhos é um bom indicador demográfico e social”, realçou a fonte do INE que preferiu que os seus comentários fossem usados na condição de anonimato, alegadamente, porque a matéria “é extremamente sensível”.
A fonte falava semana finda ao Cm à margem de um curso de formação de jornalistas para uma melhor interpretação dos dados estatísticos, organizado, conjuntamente, pelo Instituto Nacional de Estatística e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).